Após sanção a Moraes, Alcolumbre diz que soberania do Brasil é ‘inegociável’
Na mesma nota, Alcolumbre também comentou as recentes tensões comerciais entre os dois países, provocadas pelo anúncio de tarifas
Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília
RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), se manifestou na noite desta quarta-feira (30) sobre as sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Sem citar diretamente o nome do magistrado, Alcolumbre afirmou que o Congresso Nacional não aceitará interferências externas no funcionamento das instituições brasileiras.
“O Congresso Nacional não admite interferências na atuação dos nossos Poderes”, declarou Alcolumbre em nota oficial. “Reafirmo a confiança no fortalecimento das nossas instituições, entre elas o Poder Judiciário, elemento essencial para a preservação da soberania nacional, que é inegociável.”
LEIA TAMBÉM
A manifestação ocorreu horas após o governo norte-americano, sob comando do presidente Donald Trump, anunciar sanções contra Moraes com base na chamada Lei Magnitsky — um dispositivo que os Estados Unidos utilizam para punir autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos.
Na mesma nota, Alcolumbre também comentou as recentes tensões comerciais entre os dois países, provocadas pelo anúncio de tarifas adicionais de até 50% sobre produtos brasileiros. Segundo ele, o Senado, por meio da Comissão Temporária Externa, tem atuado para “reforçar o diálogo e buscar soluções equilibradas que preservem os interesses do Brasil”.
“O caminho da cooperação internacional deve prevalecer, com o objetivo de restabelecer a confiança mútua e manter a histórica parceria entre as duas nações”, disse.
Alcolumbre concluiu seu posicionamento dizendo que o Parlamento seguirá atento a cada desdobramento da crise, “em conjunto com o Executivo e o Judiciário, para assegurar a proteção da nossa economia e a defesa intransigente das instituições democráticas”.
Lula
Ao lado do presidente do Senado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também saiu em defesa de Moraes. Em nota divulgada nesta quarta, Lula classificou a ação norte-americana como uma “interferência inaceitável” nos assuntos internos do Brasil.
“O governo brasileiro se solidariza com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, alvo de sanções motivadas pela ação de políticos brasileiros que traem nossa pátria e nosso povo em defesa dos próprios interesses”, afirmou o presidente da República.
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp
