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Argentina volta atrás e decide aderir à aliança global contra a fome

País era o único do G20 que ainda não havia concordado em participar do acordo, promovido pelo governo brasileiro

Brasília|Do R7, com informações do Estadão Conteúdo

Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza foi oficialmente lançada nesta segunda-feira Tomaz Silva/Agência Brasil

A Argentina voltou atrás e decidiu nesta segunda-feira (18) aderir à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa que tem objetivo de acelerar o progresso rumo à erradicação miséria. O país era o único do G20 que ainda não tinha concordado em participar do acordo.

Promovida pelo governo brasileiro, a proposta busca criar uma plataforma internacional para arrecadar recursos e financiar políticas de transferência de renda em países de baixa ou média renda.

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A Argentina, governada por Javier Milei, aderiu no último momento, segundo o Itamaraty, e não constava na lista inicialmente divulgada pelo governo brasileiro. Buenos Aires, porém, mantém as resistências a temas como multilateralismo e uma declaração muito amena à Rússia ao se referir à guerra na Ucrânia.

Além dos países fundadores, a aliança terá 66 organismos internacionais, entre eles fundações como Gates e Rockfeller e bancos multilaterais, como BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e Banco Mundial. Desde julho, a aliança está aberta a adesões de membros para além do G20. O Brasil e Bangladesh foram os primeiros a aderir, seguidos por todos os membros do G20, incluindo a União Africana e a União Europeia, assim como vários países de todos os continentes.


A aliança funcionará por cinco anos, a partir de 2025, com um secretariado sediado na FAO - Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura - em Roma, na Itália. Além de obter doações de recursos, uma das intenções da aliança é mobilizar fundos já existentes para programas que reconhecidamente funcionam, como os de transferência de renda condicionada, agricultura familiar, merenda escolar e cadastro único.

Os países que desejam receber dinheiro devem se comprometer a adotar um dos programas. O BID, por exemplo, aderiu à Aliança e anunciou que vai alocar até US$ 25 bilhões em financiamentos aos seus países-membros para garantir a implementação de políticas e programas de combate à pobreza e à fome entre 2025 e 2030. O banco também irá trabalhar com o Brasil em uma revisão de meio de período para avaliar o progresso da iniciativa.


G20

Nesta segunda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a adesão de 82 países à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, principal tópico da presidência brasileira no G20.

“Enquanto houver famílias sem comida na mesa, crianças mendigando nas ruas e jovens sem esperança de um futuro melhor, não haverá paz. Sabemos, pela experiência, que uma série de políticas públicas bem desenhadas, como programas de transferência de renda, como o ‘Bolsa Família’, e refeições escolares nutritivas para crianças, têm o potencial de acabar com o flagelo da fome e devolver a esperança e dignidade para as pessoas”, disse o petista.

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