Às vésperas da abertura da COP30, Lula chega à Colômbia para participar da Cúpula Celac-UE
Apesar da viagem, previsão é de que o presidente volte ainda neste domingo, a tempo de participar da abertura do evento
Brasília|Do R7

Em meio a “pausa” na COP30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou à Colômbia para participar da Cúpula Celac-UE (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos e União Europeia). O encontro ocorre em um momento de tensão na região caribenha, onde os Estados Unidos tem investido em ataques militares.
Segundo o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o objetivo da ida de Lula ao país é levar uma mensagem de apoio à Venezuela.
Lula retornará a Belém ainda no domingo à noite, a tempo de participar da abertura oficial da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), marcada para segunda-feira (10).
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Embora os temas oficiais do encontro incluam comércio, transição ecológica, combate ao crime transnacional e segurança regional, a tensão entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e países latino-americanos, especialmente a Venezuela, deve dominar as discussões. A própria Colômbia também enfrenta sanções impostas por Washington.
Cúpula deve ter baixa presença de líderes
A Cúpula Celac-UE tende a ocorrer com participação reduzida. Dos 33 países membros da Celac e dos 27 da União Europeia, poucos chefes de Estado e de governo devem comparecer — entre eles, o próprio Lula, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez.
Entre as ausências confirmadas estão a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o chanceler alemão, Friedrich Merz, e o presidente francês, Emmanuel Macron. Todos estiveram no Brasil nesta semana para a Cúpula do Clima.
De forma oficial, os líderes justificaram a ausência afirmando que o encontro perdeu representatividade política. A quarta edição da Cúpula Celac-União Europeia deveria reunir cerca de 60 chefes de Estado e de governo.
Fontes diplomáticas, porém, indicam que o esvaziamento reflete o desconforto europeu diante da escalada de tensões na América Latina e da falta de consenso sobre uma posição comum da Europa frente à política externa dos Estados Unidos.
Outro motivo para a ausência de líderes regionais é a posse do novo presidente da Bolívia, Rodrigo Paz Pereira, que ocorre um dia antes do encontro. Alguns chefes de Estado decidiram priorizar a cerimônia no país andino.
A ida de Lula à Colômbia foi confirmada de última hora. Inicialmente, o presidente manteria agenda em Fernando de Noronha no dia da cúpula. Para representar o Brasil na posse boliviana, o vice-presidente Geraldo Alckmin foi escalado.
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