O prazo para o fim dos lixões e a instalação de aterros sanitários nos centros urbanos venceu no último sábado (2) e o Distrito Federal não cumpriu a determinação da Lei Nacional de Resíduos Sólidos.
Em Samambaia, o terreno de 30 hectares, destinado à implantação do primeiro aterro do DF, está demarcado, mas apenas uma placa foi instalada no local para indicar que ali será feito o tratamento do lixo.
A escola, que seria transferida do local para instalação da estrutura funciona normalmente e não há prazo para a transferência da unidade de ensino para outra área.
O lixão da Estrutural, onde é acomodado o lixo de Brasília e das regiões administrativa continua funcionando e é de onde sai o sustento de mais de dois mil catadores, que temem o fechamento. O local funciona há 50 anos e recebe 50 toneladas de lixo por mês.
— É muita gente que depende desse lixo. Quando sair esse lixo a gente vai fazer o quê?, pergunta Isaina Maria de Jesus, que trabalha como catadora há 44 anos.
Para garantir a renda dos catadores, o governo prometeu a construção de um centro de triagem do lixo sólido, mas a presidente da Associação de Lixo Ambiente, Cláudia de Lima, diz que a estrutura deve demorar.
— O que nós temos é a coleta seletiva, que ainda está engatinhando, o processo é lento e a gente reconhece que depende da população para que este material chegue até as associações e cooperativas.