Atos do 8 de Janeiro completam cinco meses; 253 pessoas esperam julgamento presas
Ao todo, são 186 homens e 67 mulheres; manifestantes já liberados dos presídios são monitorados por tornozeleiras eletrônicas
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
Os ataques criminosos às sedes dos Três Poderes, em Brasília, completam cinco meses nesta quinta-feira (8) com 253 suspeitos de envolvimento aguardando julgamento de dentro de presídios, sendo 186 homens e 67 mulheres. Pessoas já liberadas são monitoradas por tornozeleiras eletrônicas e se comprometeram a se apresentar à Justiça e a não deixar a área territorial de suas respectivas comarcas.
Atualmente, a Corte analisa se mais 70 denunciados no caso da invasão e da depredação dos prédios vão virar réus. Ao todo, a PGR apresentou 1.390 denúncias.
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Confira abaixo o período dos julgamentos anteriores e o atual:
• 100 denunciados (de 18 a 24 de abril);
• 200 denunciados (de 25 de abril a 2 de maio);
• 250 denunciados (de 3 a 8 de maio);
• 245 denunciados (de 9 a 15 de maio);
• 250 denunciados (de 16 a 22 de maio);
• 131 denunciados (de 23 a 29 de maio); e
• 70 denunciados (2 a 9 de junho).
Os prejuízos estão estimados em R$ 26,2 milhões até o momento. A Advocacia-Geral da União já foi à Justiça pedir que as pessoas que participaram da invasão e da depredação sejam condenadas a ressarcir os danos causados ao patrimônio público.
No total, os processos já envolvem 250 indivíduos, três empresas, uma associação e um sindicato. O objetivo é que todos sejam condenados solidariamente a ressarcir os cofres públicos pelos danos materiais causados, bem como pagar indenização pelo dano moral coletivo causado pelo ataque a valores fundamentais do Estado democrático de Direito.
Em maio, o Congresso Nacional instalou a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os atos relacionados à invasão e à depredação das sedes dos Três Poderes, o que inclui a apuração sobre quem participou, financiou e incentivou o vandalismo.
Nesta terça-feira (6), a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), relatora da comissão, apresentou o plano de trabalho ao colegiado. Ela propôs investigar os acontecimentos que antecederam a invasão dos prédios públicos, incluindo o ataque à sede da Polícia Federal, em Brasília, e a tentativa de explosão de uma bomba próximo ao Aeroporto de Brasília.