Avião da FAB que vai resgatar brasileiros no Líbano chega a Lisboa, em Portugal
Embaixada do Brasil em Beirute, capital libanesa, está reunindo informações por meio de formulários online de quem deseja voltar
Brasília|Do R7, em Brasília
O primeiro voo da FAB (Força Aérea Brasileira) que vai repatriar de brasileiros e familiares no Líbano pousou em Lisboa, capital de Portugal, no fim da manhã desta quarta-feira (2), às 14h10 no horário local. Segundo o Itamaraty, cerca de 3 mil pessoas querem voltar ao Brasil, mas a quantidade de viagens será definida conforme a demanda. O governo federal afirmou que planeja resgatar todas as pessoas que demonstrarem interesse em retornar. A Embaixada do Brasil em Beirute, capital libanesa, está reunindo informações por meio de formulários online de quem deseja voltar.
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A parada na capital portuguesa já estava prevista no plano de voo, assim como aconteceu com as aeronaves que repatriaram brasileiros durante o conflito entre o grupo terrorista Hamas e Israel. O governo espera trazer, nesta viagem, de 230 a 240 pessoas. O sul do Líbano foi invadido por Israel na noite de segunda-feira (30), pela primeira vez desde 2006, quando ambos os países estavam em guerra. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a operação de repatriação no mesmo dia.
Desde outubro do ano passado, quando o grupo terrorista Hamas atacou um festival de música em Israel, a FAB resgatou cerca de 1,5 mil pessoas em 13 voos da zona de conflito. Três dessas viagens repatriaram brasileiros e parentes próximos da Faixa de Gaza.
Operação complexa da FAB e do governo
Alberto Pfeifer, coordenador do grupo de Análise de Estratégia Internacional da Universidade de São Paulo (DSI-USP), explica que a operação é complexa. “Devem ser de 12 a 15 aeronaves ou voos disponíveis. Não é uma operação fácil; é bastante complicada do ponto de vista logístico, de segurança, da listagem dos passageiros e da liberação desses passageiros para embarque — porque, certamente, Israel e outros países desejarão saber quem são essas pessoas”, avalia.