O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que a autarquia tem se incomodado com a inflação fora da meta. “Obviamente estamos todos no Banco Central bastante incomodados”, disse.A declaração foi dada nesta terça-feira (22) a senadores da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos). Apesar da indicação, Galípolo também ponderou que os valores inflacionários estão longe do descontrole percebido em outros momentos brasileiros, como no início do Plano Real.“Esse processo inflacionário foi superado a partir de 1994, com o Plano Real, obviamente estamos todos no Banco Central bastante incomodados de não estarmos cumprindo a meta, estarmos fora da meta, porém estamos falando de um patamar de inflação muito anterior do que estávamos discutindo antes e muito mais próximo que a gente vê com as economias avançadas e com as economias emergentes”, declarou.Em 2024, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) — que mede a inflação — ficou 4,83% acima da meta de 3% que estava prevista para o ano. O valor foi ainda maior que o intervalo de tolerância, que é de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.Ao longo da apresentação a senadores, Galípolo também afirmou que há interesse para a redução da taxa de juros — a Selic —, mas apontou que uma mudança depende de outras reformas.“A normalização da política monetária vai demandar uma série de reformas contínuas, muitas vezes reformas que não estão simplesmente dentro da alçada do Banco Central e que não vamos ter uma bala de prata disponível, vai demandar bastante debate com a sociedade, discussão, para que a gente possa conquistar isso”, afirmou.Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp