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R7 Brasília

Bolsonaro diz que há 'indícios de maldade' com indigenista e jornalista desaparecidos

Chefe do Executivo também voltou a criticar decisão do STF para que a União explique ações do que está sendo feito sobre o caso

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Presidente disse querer que dupla seja encontrada viva, mas "os indícios levam pelo contrário"
Presidente disse querer que dupla seja encontrada viva, mas "os indícios levam pelo contrário"

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (13) que há "indícios" de que o indigenista Bruno Araújo e o jornalista britânico Dom Phillips, desaparecidos na região amazônica, foram alvos de "alguma maldade".

"Os indícios levam a crer que fizeram alguma maldade com eles, porque já foram encontradas, boiando no rio, vísceras humanas, que já estão aqui em Brasília para fazer o DNA. E, pelo prazo, pelo tempo, já temos hoje [segunda-feira] oito dias, é o nono dia que isso tudo aconteceu, vai ser muito difícil encontrá-los com vida. Eu peço a Deus que isso aconteça, que os encontremos com vida, mas os informes, os indícios levam pelo contrário no momento", disse Bolsonaro, em entrevista à rádio CBN Recife.

Araújo, que é servidor da Funai, e Phillips, colaborador do jornal The Guardian, foram vistos pela última vez no dia 5 deste mês no Vale do Javari, após partirem em uma lancha com destino à cidade de Atalaia do Norte, no Amazonas.

Uma reportagem publicada pelo britânico The Guardian afirma que dois corpos foram encontrados nas proximidades da Terra Indígena Vale do Javari. Segundo a publicação, a informação teria sido dada aos familiares do jornalista na manhã desta segunda-feira pelo embaixador do Brasil no Reino Unido.


A Polícia Federal e a Univaja (União dos Povos Indígenas do Vale do Javari) negam que os corpos tenham sido encontrados. A Embaixada do Reino Unido no Brasil também não confirmou a informação. O R7 entrou em contato com a embaixada brasileira em Londres e com o Itamaraty e aguarda resposta.

Crítica à decisão do STF

Na entrevista, Bolsonaro voltou a criticar o ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou na última sexta-feira (10) que o governo federal "empregue todos os esforços necessários" para localizar o jornalista britânico e o indigenista. De acordo com a decisão do magistrado, a União deve enviar ainda, no prazo de cinco dias, relatório do que está sendo feito sobre o caso.

"Eu não tenho número exato aqui para dizer para o senhor Barroso, mas são dezenas de milhares de pessoas que desaparecem todo ano no Brasil. Ele se preocupou apenas com esses dois. Nós, via nosso Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos, nos preocupamos com todos desaparecidos no Brasil", argumentou o presidente.

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