Bolsonaro diz que não prestou depoimento por orientação da AGU
Presidente defendeu 'direito de ausência' e disse em entrevista à Record TV que orientação foi dada por Bruno Bianco
Brasília|Thiago Nolasco, da Record TV, e Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
O presidente Jair Bolsonaro informou, nesta segunda-feira (31), que faltou ao depoimento na PF (Polícia Federal) por orientação do AGU (advogado-geral da União), Bruno Bianco. Em entrevista exclusiva à Record TV, o mandatário avaliou o inquérito como “ostensivo.”
“Seguindo orientações do AGU. Tudo que foi tratado com esse advogado que nos defende, eu cumpri à risca. E o plenário do STF [Supremo Tribunal Federal] vai decidir essa questão”, disse o presidente.
“A decisão [de não ir ao depoimento] foi do advogado. Sigo essa orientação. Afinal de contas, com todo respeito, melhor do que discutir com vocês da mídia é discutir nos autos [processuais]”, acrescentou.
Para Bolsonaro, o inquérito “sempre foi ostensivo”. “Não tinha grau de sigilo nenhum. Passou a ter depois da minha live. Isso que nos surpreende”, completou.
O chefe do Executivo descumpriu ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, e não prestou depoimento na última sexta-feira (28). Em carta enviada à corporação, Bolsonaro argumentou que exerceu “o direito de ausência” e que prestou esclarecimentos pertinentes nos autos do processo.
O inquérito apura se Bolsonaro vazou documentos sigilosos de uma investigação sobre acessos indevidos aos softwares da urna eletrônica. De acordo com o TSE, a invasão não comprometeu as eleições de 2018, e os dados acessados pelos atacantes se referem a um município específico do Rio de Janeiro. A divulgação por parte do presidente ocorreu em agosto do ano passado, pelas redes sociais, quando ele publicou a íntegra do inquérito e falou do assunto também durante uma live.
Escolha do vice
O presidente da República falou ainda da escolha do vice para compor a chapa de sua possível candidatura à reeleição neste ano. Veja: