Bolsonaro diz que vai assinar MP de crédito suplementar para a Bahia
Presidente passa fim de ano no litoral de SC e afirma que medida provisória será assinada no início de 2022 para liberação de R$ 2 bi
Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (27) que vai assinar uma medida provisória (MP) no início do próximo ano que abre crédito suplementar de R$ 2 bilhões para atender a população atingida por fortes chuvas na Bahia. Bolsonaro viajou com a família nesta segunda-feira para Santa Catarina, onde passará o Réveillon no litoral, em São Francisco do Sul, com previsão de retorno para Brasília no dia 4 de janeiro.
"Estamos com problemas em vários municípios da Bahia. Mandamos dois ministros lá, o João Roma (Cidadania) e o Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional). Isso começou no final de novembro, se agravou antes do Natal e agora depois do Natal deu uma nova agravada. Vários ministérios trabalhando lá. É minimizar o sofrimento. Devemos, no início do ano que vem, assinar uma medida provisória com crédito suplementar de R$ 2 billhões para atender o pessoal. E vamos fazer o que for possível por nossos irmãos da Bahia", afirmou.
O Estado está passando por uma grave situação devido às fortes chuvas, que causaram deslizamentos e enchentes, deixando mortos, 16 mil desabrigados (pessoas que perderam suas casas) e mais de 19 mil desalojados (pessoas que não conseguem entrar em suas casas). Com mais duas mortes confirmadas nesta segunda-feira (27), subiu para 20 o número de mortes causadas pelas enchentes que afetam o estado. As duas mortes ocorreram no município de Itabuna, que decretou estado de emergência junto com outras 72 cidades.
No último domingo, o ministro João Roma afirmou que o Ministério da Saúde deve enviar ao estado 90 médicos para auxiliarem a população atingida. Nesta segunda-feira, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), anunciou o reforço de bombeiros para ajudar no socorro às vítimas do estado.
Covid-19
O presidente voltou a dizer que "o vírus da Covid-19 mata", mas que "a economia também mata", ao falar sobre o cenário econômico no Brasil. Bolsonaro afirmou que a alta da inflação ocorreu em todo o mundo e é "consequência da irresponsabilidade do fique em casa, a economia a gente vê depois". "A economia também mata, não é só o vírus, não. Nós fizemos a nossa parte, não fechei nada no Brasil, mas os governadores entenderam diferente. Mas parece que estamos voltando à normalidade no âmbito economia", disse.