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Braço direito de Haddad defende autonomia do BC, com transição responsável

Dario Durigan argumentou que medida que garantiu independência da instituição monetária certifica que não haja oposição

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília


Braço direito de Haddad defende autonomia do BC Washington Costa/MF - 04.07.2024

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, disse nesta terça-feira (6) ser favorável à autonomia do Banco Central, mas defendeu que haja uma transição “sem arroubo político” na instituição, atualmente chefiada por Roberto Campos Neto. A declaração do número 2 da pasta contrasta com a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é contra o modelo.

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“E como protege o Brasil? A gente tem que fazer as transições: seja a [transição] democrática, com responsabilidade, como foi feito de 2022 para 2023, [seja] a transição da autoridade monetária também com responsabilidade, sem arroubo político. Somos a favor da autonomia do Banco Central, porque garante que não haja oposição política no Banco Central, que haja diálogo técnico, que haja entendimento, isso é muito importante”, afirmou.

“Do ponto de vista da economia, temos que proteger o Brasil, proteger o fiscal do Brasil. A Fazenda não abre mão de ter o equilíbrio das contas públicas. Gostaríamos de ter feito antes, mas não foi possível. Vamos fazer esse ano, vamos fazer no ano seguinte, mas não abrimos mão. Isso vai dar tranquilidade para o país, manter taxa de juros mais baixa, gerar emprego, gerar estabilidade, aumentar fluxo da balança”, completou.

A posição de Durigan diverge da de Lula. Recentemente, o presidente criticou a autonomia do Banco Central. “Quem quer o Banco Central autônomo é o mercado, que faz parte do Copom, que determina meta da inflação, que determina política de juros. Eu tive um Banco Central independente. O [Henrique] Meirelles ficou oito anos no meu governo e teve total independência para fazer ajustes sem que o presidente da República se metesse”, disse.

O mandato de Campos Neto segue até o final deste ano. Um dos nomes mais cotados para assumir a chefia da instituição monetária é de Gabriel Galípolo, ex-secretário da Fazenda e que atualmente ocupa uma das diretorias do Banco Central. Lula afirmou que “todo mundo dá palpite” sobre suas escolhas e afirmou que vai escolher “na hora certa”.

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