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Brasil avalia enviar Celso Amorim para reunião na Arábia Saudita sobre guerra na Ucrânia

País foi convidado para o encontro, que ocorre entre 5 e 6 de agosto, mas Lula vai estar em agenda no Norte durante o período

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília


Celso Amorim é assessor especial de Lula
Celso Amorim é assessor especial de Lula

O Brasil aceitou o convite feito pela Arábia Saudita e vai estar presente na reunião para discutir a guerra entre a Rússia e Ucrânia. O encontro ocorre entre 5 e 6 de agosto. A expectativa é que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vai cumprir agenda no Norte do Brasil durante o período, envie para representá-lo o assessor especial para Assuntos Internacionais Celso Amorim. A comitiva brasileira ainda não está fechada.

A reunião é organizada pelo governo saudita e faz parte do movimento para a intensificação dos esforços a fim de consolidar um suporte internacional para a demanda de paz da Ucrânia — o presidente ucraniano, Volodmir Zelensky, disse estar aberto para ouvir ideias que visam ao término da guerra, iniciada em 24 de fevereiro de 2022. Contudo, o líder russo, Vladimir Putin, afirma que o país invadido precisa ceder territórios ocupados.

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O governo saudita convidou outros países para o evento, como Indonésia e Índia. O encontro vai ocorrer na capital, Riad. Desde que assumiu o Palácio do Planalto, Lula tem defendido a criação de um grupo de "países amigos" com o objetivo de mediar as negociações para sedimentar a paz na Europa. O Brasil também é contra as sanções unilaterais impostas aos russos devido à guerra.

Lula tem feito declarações polêmicas em relação ao tema. O presidente chegou a dizer que os Estados Unidos e países do continente europeu contribuem para a manutenção da guerra. Isso porque essas nações enviam armamentos à Ucrânia. Em outro momento, o chefe de Estado mudou o tom e disse que não ia mais "se meter" no conflito.


Nos dias da reunião sobre a guerra, Lula vai cumprir agenda no Amazonas e no Pará. Um dos eventos previstos é a Cúpula da Amazônia. A agenda vai reunir chefes de Estado dos oito países que integram a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA): Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.

Foram chamadas também as nações que têm as maiores florestas tropicais do mundo, como Indonésia, República Democrática do Congo e Congo Brazzaville. A França também foi convidada, já que comanda a Guiana Francesa.


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Por causa da agenda, o presidente avalia enviar Amorim como representante. O assessor para Assuntos Internacionais já se reuniu com Putin e Zelensky, entre outros chefes de Estado. Já Lula falou com Joe Biden (Estados Unidos) e Xi Jinping (China), por exemplo, na tentativa de construir uma aliança pela paz no país do Leste Europeu. "E isso só pode ser feito se os dois [Ucrânia e Rússia] negociarem em uma mesa", afirmou o petista.

Após um ano de guerra, o número de civis mortos pela invasão russa da Ucrânia ultrapassou o patamar de 8.000, segundo o Escritório do Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). De acordo com a entidade, outros 13.287 ficaram feridos entre a população não militar. Os números totais não são divulgados pelos países comandados por Zelensky e Putin.

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