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Brasil deve ‘preservar aquilo que seja fundamental aos seus interesses’ em reunião com EUA

Mauro Vieira e Marco Rubio se encontram nesta quinta-feira (16) para discutir tarifaço sobre produtos brasileiros

Brasília|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O ministro Mauro Vieira se reunirá com Marco Rubio em Washington para discutir tarifas sobre produtos brasileiros.
  • Produtos como café, frutas e carne estão sujeitos a sobretaxas de 50%
  • O economista Mauro Rochlin sugere que interesses econômicos americanos devem orientar as negociações.
  • O Brasil deve preservar seus interesses e não ceder facilmente nas negociações.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se encontra nesta quinta-feira (16), em Washington, nos Estados Unidos, com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, para discutir o tarifaço aplicado sobre produtos brasileiros, entre eles o café e a carne.

Na quarta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou otimismo sobre o encontro durante um discurso no Rio de Janeiro. Respondendo a uma afirmação de Donald Trump, Lula disse que “não pintou química, pintou uma indústria petroquímica” na relação entre os dois países.


Apesar de, inicialmente, o líder americano ter utilizado motivos políticos para impor as tarifas ao Brasil, esse não deve ser o norte das negociações, na avaliação de Mauro Rochlin, economista e coordenador acadêmico da FGV (Fundação Getulio Vargas). Para ele, os interesses econômicos americanos no país devem ser os balizadores da conversa.

Mauro Vieira pode usar relação com a China como trunfo na negociação com os EUA, aposta economista Reprodução/ Record News - 16.10.2025

Em entrevista ao Conexão Record News, o economista menciona que fatores como o Pix, o uso de terras raras, a aplicação de direitos autorais no entretenimento e em softwares, além da regulação das big techs devem ser os pontos que incomodam os americanos e que podem aparecer na lista de exigências de Rubio.


Rochlin acredita que, de todos os pontos, o mais difícil de atender qualquer tipo de imposição deve ser o Pix, uma vez que o método é popular tanto no cenário econômico quanto na área política. Ele aponta que a tendência do lado brasileiro é continuar com o uso da ferramenta e proporcionar expansões, como no caso do Pix parcelado.

“Na verdade, interessa a todos que essa ferramenta se mantenha tal como ela já existe e que seja estendida. Eu estou falando de Pix parcelado, que é o que mais diretamente impacta o interesse das empresas de cartão de crédito”, comenta.


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Sobre as relações entre os dois países com a China, o economista avalia que Washington não deve fazer pressões ao Brasil, como tem feito com a Argentina, uma vez que o país possui uma dimensão maior e pode se aproximar mais dos chineses.

No entanto, do lado brasileiro, ele pontua que, com 30% das exportações direcionadas ao país asiático, Vieira pode usar essa parceria com Pequim como moeda de pressão para Rubio, mas sem reduzir o país.


“De toda maneira, abrir negociações é fundamental, mas que essas negociações não sejam de fato um arrego do Brasil. O Brasil, claro, tem que conduzir isso de maneira que possa preservar aquilo que seja fundamental aos seus interesses”, finaliza.

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