Briga com candidato a deputado deixa funcionário de restaurante baleado no DF
Confusão ocorreu, neste sábado (27), na Vila Planalto; briga teria se iniciado por música alta do candidato a distrital
Brasília|Do R7, em Brasília
Após uma discussão com o candidato a deputado distrital Rubão (PTB-DF), um funcionário da churrascaria Tchê Garoto, na Vila Planalto, em Brasília, foi vítima de uma tentativa de homicídio. O caso ocorreu na tarde deste sábado (27). De acordo com testemunhas, o autor dos disparos seria um homem que trabalha com o candidato. Rubão foi procurado pela reportagem e ainda não se manifestou.
O candidato conversava com moradores da região, distribuía panfletos no local e fez discursos com som alto, o que incomodou os clientes da churrascaria. Funcionários do comércio, então, solicitaram a Rubão que abaixasse o volume, o que teria sido negado pelo candidato.
Na sequência, houve uma briga entre eles. À reportagem, uma testemunha que estava na churrascaria no momento da confusão contou que, durante a discussão, o candidato teria mandado o homem que o acompanhava efetuar disparos com arma de fogo. Um dos tiros acertou o olho de Raimundo Eduardo Pereira Silva, de 29 anos.
"Ele [Rubão] estava com um homem, um segurança, parecia ser um segurança. E o candidato falou pra ele atirar. E ele atirou à queima-roupa", disse. "E o homem da churrascaria foi baleado no rosto, levou um tiro no olho", relatou a testemunha ao R7.
A Polícia Militar foi acionada para a ocorrência e confirma a tentativa de homicídio. Segundo a corporação, o autor já havia fugido quando os militares chegaram ao local.
Silva foi encaminhado ao Hospital de Base do Distrito Federal. Segundo familiares, seu estado de saúde é estável, mas ele não realizou cirurgia até o fechamento desta reportagem.
Em nota, o PTB disse que "repudia a violência", que "confia na competência das forças policiais do Distrito Federal e aguarda a apuração dos fatos". À Record TV, Rubão explicou que não sabia que seu funcionário estava armado. "Apenas ouvi o estampido que dispersou os agressores", comentou. "Se o Marco Antonio não estivesse armado, provavelmente eu não estaria aqui em face da intolerância dos agressores", completou.