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Briga entre apoiadores de Bolsonaro e Lula termina em morte em Mato Grosso

Homicídio aconteceu em propriedade rural de Mato Grosso; suspeito confessou o crime e relatou à polícia discussão política

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Suspeito foi preso pela Polícia Civil, em Mato Grosso
Suspeito foi preso pela Polícia Civil, em Mato Grosso

Um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) é suspeito de matar um apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma propriedade rural no município de Confresa, em Mato Grosso, na noite de 7 de Setembro. Segundo a Polícia Civil, a discussão foi iniciada por questões políticas, conforme informado pelo suspeito, que tem 24 anos. Ele foi preso em flagrante e a prisão foi convertida em preventiva (sem prazo de duração) pelo Judiciário. 

Ao R7, o delegado Victor Oliveira, chefe da delegacia da cidade de 32 mil habitantes, explicou que os dois eram colegas de trabalho e se conheciam havia poucos dias. Ambos atuavam em uma fazenda cortando lenha. A vítima, de 42 anos, trabalhava e morava no local havia mais tempo, já o suspeito estava no local havia dois dias, segundo o delegado. 

Os dois estavam sozinhos no local, na noite do dia que marcou o Bicentenário da Independência do Brasil, e começaram a discutir sobre os presidenciáveis Lula e Bolsonaro. De acordo com o delegado, o autor informou que, no meio da discussão, a vítima o agrediu com um soco e ele revidou. A vítima, então, teria pegado uma faca, mas o suspeito conseguiu pegar o objeto.

"O suspeito começou a correr atrás da vítima, acertou um golpe de faca nas costas, depois no olho, no pescoço e vários golpes na testa. Depois, foi no barraco dele, pegou um machado e desferiu um golpe no pescoço da vítima. Em seguida, escondeu as ferramentas do crime, veio para a cidade e foi para o hospital", afirmou o delegado Victor Oliveira.


O suspeito foi a uma unidade de saúde na manhã do dia 8 pois havia cortado a mão e estava com a cabeça machucada, uma vez que a vítima o teria atingido com uma pedra enquanto tentava se esquivar das facadas.

Naquele momento, a Polícia Militar já havia sido acionada sobre o homicídio, já que o corpo da vítima havia sido encontrado. Quando o suspeito chegou à unidade de saúde, os militares o levaram à delegacia por suspeitar que ele seria o autor. Aos policiais civis, ele confessou o crime.


Para o delegado, apesar do motivo da discussão, o homicídio não seria uma violência política. "Ele [suspeito] não era fanático, nem participou do 7 de Setembro. Eles teriam discutido por qualquer motivo", disse. De acordo com ele, o suspeito será indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil e meio cruel.

Violência em ano eleitoral

Este não é o primeiro homicídio envolvendo desavenças políticas neste ano. Em julho, o guarda municipal de Foz do Iguaçu (PR) Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, foi morto em sua festa de aniversário, cujo tema era PT, pelo policial penal federal Jorge da Rocha Guaranho.


O guarda municipal foi candidato a vice-prefeito da cidade pelo PT nas eleições de 2020. O boletim de ocorrência da Polícia Civil informa que, segundo relatos de testemunhas, Guaranho era desconhecido de todos na festa. Ele chegou ao local de carro, acompanhado de uma mulher e uma criança. Com uma arma em punho, gritou "Aqui é Bolsonaro" e saiu.

Conforme o relato do boletim, vinte minutos depois o policial penal retornou ainda armado e sozinho. A esposa do aniversariante, que é policial civil, se identificou no momento em que Marcelo Arruda também informou que era guarda civil e sacou sua arma. Foi quando Jorge Guaranho efetuou dois disparos na direção de Arruda, que mesmo atingido e caído no chão revidou os tiros.

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