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Suspeito de matar guarda em aniversário com tema do PT está vivo, diz Segurança Pública 

Guaranho invadiu festa e atirou contra Arruda, que reagiu antes de morrer. Secretaria diz que suspeito está internado em estado grave

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

Policial penal Jorge Guaranho, suspeito de matar o guarda municipal Marcelo Arruda
Policial penal Jorge Guaranho, suspeito de matar o guarda municipal Marcelo Arruda

A Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) informou na tarde deste domingo (10) que o policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, suspeito de matar o guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, em uma festa com o tema do Partido dos Trabalhadores (PT), em Foz do Iguaçu (PR), está vivo. Conforme a pasta, o homem segue internado em estado grave. A Polícia Civil, por sua vez, diz que ele está estável.

Inicialmente, a Polícia Civil afirmou que o Guaranho havia morrido. A informação foi corrigida pela delegada Iane Cardoso, que afirmou em entrevista coletiva concedida na tarde deste domingo que Guaranho está vivo. "O agente penal não veio a óbito. Ele está em estado estável e foi autuado em flagrante. O delegado que estava de plantão autuou o indivíduo em flagrante delito. Ele etá custodiado pela Polícia Militar enquanto recebe auxílio médico", disse.

A Secretaria de Segurança Pública informou ainda que a Polícia Civil está investigando o caso, com análise de imagens de câmera de segurança e oitiva de testemunhas. "A Polícia Científica está atuando no procedimento pericial que auxiliará para que os fatos sejam esclarecidos e o inquérito policial relatado e encaminhado à Justiça."

Marcelo Arruda foi morto a tiros na madrugada deste domingo, em sua festa de aniversário, que tinha a decoração em alusão ao PT. Ele foi baleado pelo policial penal federal Jorge Guaranho. Arruda, por sua vez, reagiu à agressão de Guaranho e atirou contra ele. O guarda municipal foi candidato a vice-prefeito da cidade pelo PT nas eleições de 2020


O boletim de ocorrência da polícia informa que, segundo relatos de testemunhas, Guaranho era desconhecido de todos na festa. Ele chegou ao local de carro, acompanhado de uma mulher e uma criança. Com uma arma em punho, gritou "Aqui é Bolsonaro" e saiu. Nas redes sociais, o policial penal tem diversas publicações em apoio ao Presidente da República.

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Conforme os relatos que constam no boletim de ocorrência, vinte minutos depois, o policial penal retornou ainda armado e sozinho. A esposa do aniversariante, que é policial civil, se identificou no momento em que Marcelo Arruda também informou que era guarda civil e sacou sua arma. Foi quando Jorge Guaranho efetuou dois disparos na direção de Arruda, que mesmo atingido e caído no chão revidou os tiros.


A delegada Iane Cardoso explicou que, segundo testemunhas, o policial penal chegou à festa de Arruda ouvindo uma música que remetia ao presidente Bolsonaro. De acordo com ela, pelas imagens, é possível observar que Guaranho chegou à festa, falou alguma coisa enquanto Arruda pedia que ele fosse embora.

Guaranho saiu, mas, em seguida, retornou e falou outra coisa. Quando o policial penal se retirou, Arruda atirou pedras contra o veículo que ele conduzia, explicou a delegada. O policial penal, então, disse que iria retornar, o que o fez miniutos depois, ocasião em que disparou contra o guarda municipal.

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