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Câmara Legislativa altera convocação de generais para CPI do 8 de Janeiro

Agora, os militares não são obrigados a comparecer nas sessões, porém representantes do Exército confirmaram a presença

Brasília|Fabíola Souza, do R7, em Brasília

Prédio da Câmara Legislativa do Distrito Federal
Prédio da Câmara Legislativa do Distrito Federal

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa aprovou nesta quinta-feira (11) a alteração da convocação dos três generais para convite: Augusto Heleno, Gonçalves Dias e Gustavo Henrique Dutra. Na prática, isso significa que os militares não são mais obrigados a comparecer, uma vez que apenas a presença mediante convocação é obrigatória.

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"Recebemos uma delegação de militares, encaminhados pelo comandante do Exército brasileiro, onde ele pediu, se fosse possível, que nós transformássemos as convocações de três generais em convites e aí ele garantiria a presença desses generais, uma vez sendo convidados", disse o presidente da CPI, o deputado Chico Vigilante (PT).


No dia 19 de março o general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), cancelou sua ida à Comissão, alegando ter sido orientado a não comparecer à CPI, “para não colocar mais gasolina”. O depoimento de Heleno foi remarcado para o dia 1º de junho. O ex-secretário de Segurança Pública e ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, também não compareceu a Câmara Legislativa do DF

Leia mais: General Augusto Heleno não vai depor na CPI da Câmara Legislativa do DF


Os trabalhos

A décima primeira reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos atos extremistas da Câmara Legislativa do Distrito Federal ouviu, nesta quinta-feira (11), o ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF coronel Fábio Augusto Vieira. Ele chefiava a corporação no dia 8 de janeiro, quando ocorreram os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília. De acordo com o depoimento do coronel, não foi realizado nenhum planejamento operacional para o dia dos ataques.

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Vieira chegou acompanhado na Comissão dos advogados. Segundo o ex-comandante, que estava no cargo desde abril de 2022, o efetivo empregado no início do dia 8 de janeiro era de 440 policiais militares e ao longo do dia foi ampliado para 600 policiais. Na época, o efetivo total da Polícia Militar era de 10,7 mil policiais. "O grande problema na linha da frente do Congresso era a ausência do equipamento de proteção individual", explicou o depoente. Para ele, essa falha contribuiu para que a tropa não conseguisse conter a multidão. O ex-comandante também afirmou que a cavalaria da PMDF não foi acionada para comparecer na Esplanada no dia 8 de janeiro.


Depoimentos marcados

18 de maio: general Gustavo Henrique Dutra de Menezes (general Dutra), ex-chefe do Comando Militar do Planalto.

1º de junho: general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

17 de junho: general Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI;

26 de junho: comandante-geral da PMDF, coronel Klepter Rosa Gonçalves.

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