A defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, informou nesta quarta-feira (15) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ele não quer prestar depoimento na CPI da Câmara Legislativa do DF que apura os atos extremistas de 8 de janeiro. O interrogatório dele foi agendado para 23 de março. Contudo, segundo os advogados, como Torres já deu a sua versão sobre os episódios de vandalismo em depoimento à Polícia Federal, ele não tem nada de novo a comentar sobre o caso. "O peticionário vem informar que se manifesta contrariamente à sua condução para depoimento na Casa Legislativa, considerando-se que nada mais tem a acrescentar ao que já foi declarado à Polícia Judiciária, em ato que durou mais de 10 horas, e que, portanto, seria de todo inútil a sua oitiva", diz o documento da defesa, que foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes. Os deputados distritais pretendiam ouvir Torres nesta quinta-feira (16), mas o depoimento foi remarcado visto que ele vai prestar depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 10h, em uma ação que pede a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nesta quarta, a CPI que investiga os atos extremistas aprovou requerimento para ouvir o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno Ribeiro e o atual ministro da pasta, Marco Edson Gonçalves Dias.