Brasília Câmara Legislativa vota projeto de reajuste salarial de professores do DF nesta terça

Câmara Legislativa vota projeto de reajuste salarial de professores do DF nesta terça

Projeto garante aumento que será distribuído em seis parcelas de 5%, pagas até janeiro de 2026, com gasto previsto de R$ 1 bilhão

  • Brasília | Giovanna Inoue, do R7, em Brasília

Professores fizeram greve durante 22 dias em maio

Professores fizeram greve durante 22 dias em maio

Agência Brasília/ Divulgação- 12.02. 2023

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) deve votar na sessão plenária desta terça-feira (15) o projeto de lei (PL) que reajusta o salário de professores. O PL incorpora a Gratificação de Atividade Pedagógica (Gaped) e a Gratificação de Atividade de Suporte Educacional (Gase) ao salário do magistério público, além de garantir um aumento que será distribuído em seis parcelas de 5%, a serem pagas até janeiro de 2026, com gasto previsto de R$ 1 bilhão para o Governo do Distrito Federal (GDF).

Atualmente, essas gratificações são calculadas na incidência de 30% sobre o vencimento básico da folha salarial. Com a aprovação do texto, o governo começaria a incluir 1/6 de cada gratificação no vencimento, diluindo de forma gradual o impacto da medida nos meses correntes.

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Dessa forma, em janeiro de 2026, as duas gratificações seriam extintas e completamente incorporadas ao vencimento dos professores. Caso o PL seja aprovado, as parcelas serão pagas em outubro/2023, janeiro/2024, julho/2024, janeiro/2025, julho/2025 e janeiro/2026.

O projeto de lei faz parte de um acordo feito pelo GDF com o Sindicato dos Professores no DF (Sinpro-DF) após 22 dias de greve da categoria em maio. Entre os 17 pontos acordados estão:

• nomeação de candidatos aprovados no último concurso público;
• preparação de um novo concurso ainda em 2023;
• ampliação de recesso para 15 dias corridos dos servidores nas unidades administrativas e pedagógicas do nível intermediário; e
• autorização de ampliação de carga horária. 

Os aprovados no último concurso foram homologados em julho, após publicação no Diário Oficial da União. Desde que o acordo foi finalizado, o Sinpro e o GDF têm feito reuniões para alinhar a implementação dos pontos.

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O presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura, deputado distrital Gabriel Magno (PT), acredita que as medidas acordadas foram suficientes para suspender a greve, mas que "não resolvem os problemas do descaso com a educação". "É preciso ter uma política mais eficiente, mais robusta, para resolver a questão da isonomia salarial, das nomeações", afirma.

O líder do govero na CLDF, deputado distrital Robério Negreiros (PSD), diz que dois projetos estão sendo conduzidos pelo Executivo e que eles "devem andar juntos".

Por meio de nota, a Secretaria de Educação informa que os pontos acordados com o Sinpro "estão sendo operacionalizados para que todos sejam devidamente cumpridos de acordo com o que foi estabelecido".

Também avisa que a secretaria está em mesa permanente de negociação com o sindicato e "sempre aberta ao diálogo e envidando todos os esforços com os órgãos competentes para cumprimento dos pontos acordados".

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