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Câmara vai votar urgência à anistia nesta quarta, diz Motta

Não há, contudo, compromisso com a votação do mérito da proposta

Brasília|Rute Moraes, do R7, em BrasíliaOpens in new window

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Câmera dos Deputados votará hoje um requerimento de urgência para o projeto de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
  • O presidente da Casa, Hugo Motta, destacou a necessidade de pacificação no Brasil e a importância de um texto que alcance apoio amplo.
  • A proposta principal é de autoria do deputado Marcelo Crivella e inclui atos de protesto desde outubro de 2022, mas não concede anistia a Bolsonaro ou investigados por fake news.
  • A urgência aprovada permitirá que o tema seja analisado diretamente no plenário, mas ainda não há compromisso com a votação do mérito da proposta.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Motta: "Temos na Casa interesses divergentes sobre o 8/1. Cabe ao Plenário, soberano, decidir" Bruno Spada/Câmara dos Deputados - 17.09.2023

A Câmara dos Deputados vai votar, nesta quarta-feira (17), um requerimento de urgência ao projeto de lei que anistia os condenados pelos atos extremistas do 8 de janeiro de 2023. A informação é do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB).

“Vamos hoje pautar a urgência de um projeto de lei do deputado Marcelo Crivella para discutir o tema. Se for aprovada, um relator será nomeado para que possamos chegar, o mais rápido possível, a um texto substitutivo que encontre o apoio da maioria ampla da casa”, escreveu Motta nas redes sociais.


O presidente da Câmara afirmou que o Brasil “precisa de pacificação”. “O país precisa andar. Temos na Casa visões distintas e interesses divergentes sobre os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023. Cabe ao Plenário, soberano, decidir”, finalizou.

O que prevê o projeto que pode ganhar urgência

Ao todo, existem sete projetos correlatos ao tema tramitando na Câmara. O principal é um de autoria do ex-deputado Major Vitor Hugo (PL-BA), mas a urgência a ser analisada é referente a um texto de autoria do deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ).


Em resumo, o projeto concede anistia aos “participantes das manifestações reivindicatórias de motivação política e/ou eleitoral, ou as apoiaram, por quaisquer meios, inclusive contribuições, doações, apoio logístico ou prestação de serviços e publicações em mídias sociais e plataformas ocorridas entre o dia 30 de outubro de 2022 e o dia de entrada em vigor desta Lei, e dá outras providências”.

O texto-base, portanto, além do 8 de janeiro de 2023, inclui as paralisações nas rodovias após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) perder a última eleição presidencial, o atentado à bomba no Aeroporto de Brasília e o ataque à sede da Polícia Federal em Brasília, todos ocorridos em dezembro de 2022.


Contudo, contrariando o desejo da oposição, a princípio a proposta não incluiria anistia a Bolsonaro, a investigados no inquérito das fake news ou aos demais condenados e réus no processo da trama golpista que foi planejada ao longo do mandato do ex-presidente.

No entanto, a proposta pode ser modificada com a designação de um relator.


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Urgência acelera votação de projeto

Se aprovada, a urgência vai dar celeridade ao tema, permitindo que ele seja analisado diretamente no plenário da Câmara, sem a necessidade de ser votado em comissões temáticas.

Conforme apurou o R7, a votação da urgência seria uma sinalização de Motta à oposição, que entregou a maioria dos votos para a PEC das Prerrogativas, aprovada pela Câmara na terça-feira (16).

No entanto, por mais que a urgência do projeto da anistia seja aprovada, ainda não há compromisso para a votação do mérito do texto, que pode até mesmo ser deixado de lado.

Perguntas e Respostas

Qual é o objetivo da votação na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira?

A Câmara dos Deputados vai votar um requerimento de urgência ao projeto de lei que anistia os condenados pelos atos extremistas do 8 de janeiro de 2023.

Quem anunciou a votação e qual é a proposta?

O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, que informou que a urgência do projeto de lei de autoria do deputado Marcelo Crivella será pautada. Se aprovada, um relator será nomeado para elaborar um texto substitutivo.

Qual é a posição de Hugo Motta sobre a situação no Brasil?

Hugo Motta afirmou que o Brasil “precisa de pacificação” e que é necessário que o país avance, reconhecendo que existem visões distintas e interesses divergentes sobre os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023.

Quantos projetos relacionados ao tema estão tramitando na Câmara?

Existem sete projetos correlatos ao tema tramitando na Câmara, sendo o principal de autoria do ex-deputado Major Vitor Hugo, mas a urgência em análise refere-se ao projeto de Marcelo Crivella.

O que o projeto de lei propõe em relação aos participantes das manifestações?

O projeto concede anistia aos participantes das manifestações de motivação política e/ou eleitoral ocorridas entre 30 de outubro de 2022 e a entrada em vigor da lei, incluindo ações como doações e apoio logístico.

Quais eventos estão incluídos no texto-base do projeto?

O texto-base inclui os eventos de 8 de janeiro de 2023, paralisações nas rodovias após a eleição de Jair Bolsonaro, o atentado à bomba no Aeroporto de Brasília e o ataque à sede da Polícia Federal em Brasília, todos ocorridos em dezembro de 2022.

A proposta inclui anistia a Jair Bolsonaro ou outros investigados?

Não, a proposta não inclui anistia a Jair Bolsonaro, a investigados no inquérito das fake news ou outros condenados no processo relacionado ao planejamento da trama golpista.

O que pode acontecer após a aprovação da urgência?

Se aprovada, a urgência permitirá que o tema seja analisado diretamente no plenário da Câmara, sem a necessidade de votação em comissões temáticas.

Qual é a relação entre a votação da urgência e a PEC das Prerrogativas?

A votação da urgência é vista como uma sinalização de Motta à oposição, que apoiou a PEC das Prerrogativas, aprovada na terça-feira (16).

Há compromisso para a votação do mérito do texto após a urgência?

Não, mesmo que a urgência do projeto da anistia seja aprovada, ainda não há compromisso para a votação do mérito do texto, que pode ser deixado de lado.

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