Logo R7.com
Logo do PlayPlus
R7 Brasília

Campos Neto propõe internacionalizar Pix como alternativa à moeda comum

Segundo o presidente do Banco Central, a exportação do modelo para outros países garantiria integração financeira instantânea

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Presidente do Banco Central, Campos Neto, em palestra no IDP
Presidente do Banco Central, Campos Neto, em palestra no IDP

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu nesta segunda-feira (27) a exportação da tecnologia do Pix para outros países como estratégia para integrar financeiramente membros do Mercosul sem precisar, necessariamente, da criação de uma nova moeda.

“A internacionalização do Pix é uma forma de unificar o bloco sem ter que falar em moeda”, afirmou, durante palestra no evento IDP Summit. Campos Neto ressaltou, ainda, o interesse de países como Colômbia, Canadá, Uruguai e Peru em desenvolver tecnologias semelhantes à criada pelo BC.

Caso os países adotassem o Pix, as transações internacionais instantâneas poderiam ser praticadas usando um mecanismo de “unidade de conta”, quando há conversão para a troca, mas cada país continua tendo a própria moeda.

A possibilidade vem em um momento em que o governo federal discute a criação de uma moeda comum como estratégia para estreitar financeiramente os laços com países do Mercosul, bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.


Um artigo assinado de forma conjunta pelos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e da Argentina, Alberto Fernández, confirma a intenção de criar a moeda comum para transações — tanto comerciais quanto financeiras.

Moeda digital

Durante a palestra, Campos Neto também afirmou que o Banco Central lançará um projeto piloto de uma moeda digital brasileira no próximo mês. "No mês que vem, a gente já vai ter um piloto da moeda digital. O Brasil vai ser um dos primeiros países a fazer isso”, destacou. A ideia é consolidar a moeda até o fim de 2024.


O presidente da instituição monetária enquadrou a moeda digital como um próximo passo em relação ao Pix, destacando que a modalidade de pagamento passa a ser feita por contrato digital.

O objetivo final, segundo ele, é criar uma plataforma que integre diversos dados financeiros de diferentes contas bancárias do usuário. No aplicativo, o cidadão conseguirá ver saldos, o fluxo de caixa, realizar transferências via Pix no débito e no crédito, além de acessar outros serviços como investimento e seguros.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.