Candidatura de Flávio Bolsonaro ‘é para valer’, garante senador Rogério Marinho
Declaração ocorre após jantar na casa do filho do ex-presidente Bolsonaro; Marinho admite que anúncio de Flávio causou surpresa
Brasília|Letícia de Souza, do R7, em Brasília
LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA
Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O senador Rogério Marinho (PL - RN) afirmou, na noite desta segunda-feira (8), que a candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL - RJ) ‘é para valer’.
A declaração ocorreu após um jantar realizado na casa de Flávio, que conversou com o presidente do PL (Partido Liberal), Valdemar Costa Neto, do União Brasil, Antônio Rueda, e do Progressistas, Ciro Nogueira, sobre a decisão, anunciada na última sexta-feira (5), de se candidatar à Presidência da República em 2026.
Marinho foi a única autoridade presente no encontro a conversar com jornalistas. Ele admitiu que o anúncio de Flávio Bolsonaro ‘foi uma surpresa para muita gente’ e que, por isso, uma das pautas do jantar foi explicar como ocorreu a decisão, capitaneada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
“É fato que a decisão não foi comunicada com antecedência aos partidos aliados, a aqueles que estão no mesmo projeto — que é fazer com que, no próximo ano, possamos derrotar o presidente Lula. Então, hoje foi o momento de conversarmos a respeito de como se deu essa definição”, declarou o senador.
“Haverá necessidade de decantar esse processo. Esperamos que tanto o Marcos [Pereira] como o [Gilberto] Kassab, e outras lideranças, possam em algum momento conversar conosco”, acrescentou. O deputado federal Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos, também foi convidado a comparecer ao jantar, mas alegou choque de agenda.
Leia mais
Ainda de acordo com Rogério Marinho, Ciro Nogueira e Antônio Rueda prometeram avaliar a candidatura do filho mais velho do ex-presidente Bolsonaro e debater sobre ela com suas legendas.
“É evidente que há uma responsabilidade tanto do presidente do PP quando do presidente do União Brasil para que eles possam conversar com as suas respectivas bancadas — governadores, atores políticos em todo o país —, para que eles possam trazer uma posição dos seus respectivos partidos. Isso não vai acontecer nem hoje, nem amanhã. A conversa que tivemos é que isso vai ser maturado, absorvido. E vamos ter um tempo para que haja essa definição”, avaliou.
Entenda
Na última sexta-feira (5), o senador Flávio Bolsonaro afirmou ter sido escolhido pelo pai, Jair Bolsonaro, para ser o candidato do PL à Presidência da República em 2026.
“É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação”, declarou.
O ex-presidente Bolsonaro está preso na Superintendência da PF (Polícia Federal) em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e 3 meses de prisão por crimes como golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, entre outros. Ele está proibido de disputar eleições após condenações pelo STF (Supremo Tribunal Federal)e pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
‘Ensaio retórico’
Depois de um culto em uma igreja evangélica de Brasília na manhã do último domingo (7), Flávio Bolsonaro disse a jornalistas que a sua pré-candidatura à Presidência tinha “um preço” e poderia ser retirada se houvesse uma contrapartida.
“Tem uma possibilidade de eu não ir até o fim e eu tenho um preço para isso, que eu vou negociar. Eu tenho um preço, só que eu só vou falar para vocês amanhã”, afirmou.
Ainda no domingo, em entrevista à Record, o senador revelou que a contrapartida seria o ex-presidente Bolsonaro “livre, nas urnas”. “O preço é justiça com quase 60 milhões de brasileiros que foram sequestrados, estão dentro de um cativeiro, neste momento, junto com Jair Messias Bolsonaro.”
Nesta segunda-feira, no entanto, o senador voltou atrás e garantiu que sua candidatura estava mantida e seria “irreversível”.
Questionado sobre o “vai e vem” do filho de Bolsonaro, Rogério Marinho frisou que, em nenhum momento, Flávio “colocou que a sua candidatura era um balão de ensaio”.
“Ele fez um ensaio retórico de que o preço era que o presidente Bolsonaro pudesse constar na cédula eleitoral como candidato, uma vez que ele está impedido pelo trânsito em julgado da condenação que ocorreu.”
Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da RECORD, no WhatsApp













