Caso Marielle Franco chega ao STF por suspeita de envolvimento de autoridade
Investigação segue em sigilo; Vereadora e motorista foram assassinados há seis anos, no Rio de Janeiro
Brasília|Clébio Cavagnolle, da RECORD, e Hellen Leite, do R7, em Brasília
A investigação sobre a morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes chegou ao STF (Supremo Tribunal Federal) devido ao suposto envolvimento de autoridade com foro privilegiado. A informação foi confirmada pela RECORD nesta quinta-feira (15), mesmo dia em que o crime completa seis anos.
O caso segue em sigilo e não há informações de quem será o relator da matéria. O foro privilegiado é concedido a certas autoridades públicas, permitindo que sejam julgadas por tribunais superiores ou instâncias específicas em casos criminais, em vez de serem julgadas pelas cortes comuns.
Têm direito ao foro privilegiado no STF, ocupantes de cargos específicos nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Isso inclui o presidente da República, vice-presidente, senadores, deputados federais, ministros, integrantes de tribunais superiores, do Tribunal de Contas da União e embaixadores.
A vereadora e o motorista foram assassinados em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro. O carro em que Marielle estava – e que era conduzido por Anderson – foi alvejado por 13 tiros no centro da cidade. Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são acusados de matar a vereadora. Os motivos e os mandantes do crime permanecem desconhecidos.
Em fevereiro, o dono de ferro-velho Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, foi preso acusado de ajudar os assassinos a se desfazerem do carro usado no crime. Segundo as investigações, Orelha recebeu, fez o desmanche e descartou o veículo usado por Ronnie e Élcio.