Ciro quer dar a Bolsonaro ‘destino que povo italiano deu ao Mussolini’
Ditador fascista italiano, Benito Mussolini foi fuzilado em praça pública em 1945 e teve corpo pendurado em posto de gasolina
Brasília|Do R7, em Brasília
Ciro Gomes sugeriu, em live nesta sexta-feira (20), dar a Jair Bolsonaro “o destino que o povo italiano deu ao Mussolini”, referindo-se ao ditador fascista Benito Mussolini, que foi fuzilado em praça pública em 1945 e teve o corpo exposto, pendurado, em um posto de gasolina, ao fim da 2ª Guerra Mundial. O pré-candidato à Presidência pelo PDT falava sobre as eleições deste ano quando deu a declaração.
Ciro criticava a associação de que o voto em Lula como forma de derrotar o presidente Jair Bolsonaro e defender a democracia. “Ficar de novo na ideia de votar no terror, votar porque o cara [Bolsonaro] vai comprometer a democracia… Ele vai tentar, mas aí, não tenha dúvida, vamos estar todo mundo junto e vamos deixar ele na cadeia ou, como eu já disse outro dia e foi até meio duro, vamos dar a ele o destino que o povo italiano deu ao Mussolini.”
O ditador italiano teve a história marcada por lutar na 2ª Guerra Mundial ao lado da Alemanha nazista. Ele, a amante, Clara Petacci, e um grupo de líderes fascistas foram capturados quando tentavam escapar do país após sucessivas derrotas para as forças aliadas. Todos acabaram fuzilados e tiveram o corpo exposto, de cabeça para baixo, em um posto em Milão, no norte da Itália.
Essa não é a primeira vez que Ciro faz essa declaração. Em janeiro de 2021, ele afirmou que dava a “palavra de honra” de que estaria na luta “para dar a ele o destino de Mussolini se ele [Bolsonaro] tentar algum golpe no Brasil”.
A ameaça desta sexta-feira aconteceu após um debate do pré-candidato com o ator e humorista Gregório Duvivier. Em diversos momentos da discussão, Ciro e Duvivier bateram boca e trocaram acusações.
O presidente Jair Bolsonaro postou uma foto editada no Twitter, em forma de meme, em que aparece sentado assistindo à live de Ciro e do humorista, mas com uma legenda que não faz referência direta ao episódio. "A esquerda defende a descriminalização das drogas, nós somos contra. Apreensões recorde de drogas nos últimos anos: cerca de R$ 4 bi de prejuízo ao tráfico, além de leilões de bens dos criminosos revertidos na valorização do Servidor de Segurança Pública", escreveu.