Com 97% dos leitos de UTI no DF ocupados, Secretaria de Saúde diz que trabalha para ampliar vagas
Pasta estuda estratégias para aumentar giro de leitos e garantir atendimento aos pacientes emergenciais
Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal disse nesta quarta-feira (31) que trabalha para aumentar o giro de leitos de UTI e ampliar o atendimento. Atualmente, a ocupação de leitos adultos está em 97%, segundo o painel de monitoramento Info Saúde. A pasta atua com revisão de contratos para ampliação do número de vagas e também negocia com hospitais privados para a disponibilização de leitos. Em último caso, a pasta pode direcionar pacientes de fraturas para aguardar cirurgias e outros procedimentos em casa.
“Estamos trabalhando para que haja um maior giro de leitos, para que nós possamos ampliar os nossos contratos já existentes da rede suplementar. Podemos ativar os contratos e aumentar o número de leitos com a rede privada, por exemplo. [Caso necessário], podemos retirar os pacientes ortopédicos, principalmente de fraturas de membros superiores, e agendar o retorno deles para ter o leito disponível. Não estou dizendo que vai acontecer, mas é um caminho que pode ser seguido”, disse Lucilene.
As declarações da secretária foram feitas depois que ela acompanhou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em visita à tenda de atendimento da dengue em Ceilândia. Lucilene acrescentou que a demanda por leitos é muito dinâmica.
“A cada seis horas a gente reavalia os pacientes e muitos têm altas ou são direcionados para outro tipo de assistência. Nosso trabalho neste quesito é primeiramente reforçar para a população que aos primeiros sintomas procurem as unidades básicas de saúde ou as tendas de atendimento”, disse.
Lucilene reforçou que “hidratação é palavra de ordem” e que os pacientes não podem se automedicar. Segundo a secretária, são realizados 1.500 atendimentos de dengue nas tendas por dia. Em 30% dos casos, há necessidade de hidratação com soro nas próprias tendas ou UBSs. “Desse número, 2% precisam de internação hospitalar e apenas 0,2% dessa estatística é que necessita de um cuidado maior”, garantiu.
As tendas de atendimento do DF estão montadas ao lado das administrações regionais de Ceilândia, Samambaia, Sol Nascente, Brazlândia, Taguatinga, Santa Maria, Recanto das Emas, São Sebastião, Estrutural e Sobradinho. Inicialmente, os espaços devem funcionar por 45 dias.