Com auxílio-aluguel atrasado, moradores prometem voltar a ocupar terreno no Varjão
Secretaria de Desenvolvimento Social nega atrasos no benefício
Brasília|Do R7
Barracos de lona estão espalhados por um terreno do Varjão (DF) lembram um problema antigo: a falta de moradia. Por quase uma década, 320 famílias chegaram a morar no local.
Com a promessa de que 147 apartamentos seriam construídos na área para atender o problema de moradia da região, as famílias deixaram o local há um ano e oito meses. Sem diálogo com o governo, os moradores prometeram voltar a ocupar o terreno.
Depois que saíram do lugar, as famílias passaram a receber o auxílio-aluguel de R$ 408,00. Eles contam que, só assim, foi possível conseguir um imóvel na região.
Com o benefício atrasado em 25 dias, alguns beneficiários já falam em reocupar o mesmo terreno. O responsável por manter o contato com o governo, José Alexandre da Silva, diz que até agora não teve resposta sobre a solução para o problema.
A Sedhab (Secretaria de Habitação) foi procurada pela TV Record Brasília, mas não se pronunciou sobre o caso. Como esta segunda-feira (27) é ponto facultativo, ninguém foi encontrado para comentar a reportagem.
A Sedest-DF (Secretaria de Desenvolvimento Social) nega os atrasos e afirma que os benefícios são entregues dentro do cronograma, e assegurou que o auxilio será pago até que as moradias sejam entregues.
Relembre
A derrubada dos barracos na chamada área de transição foi marcada pelo conflito entre moradores e a Polícia Militar. Foi preciso mobilizar 450 servidores da Agefis (Agência de Fiscalização do Distrito Federal). Na época, a Seops (Secretaria de Ordem Pública) explicou que a área desocupada seria urbanizada. A construção dos apartamentos seria um investimento de onze milhões de reais e beneficiaria 320 famílias.