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R7 Brasília

Com chegada das chuvas, focos de incêndio no país caem 68% em outubro

Apesar da melhora no calor nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, o Norte ainda enfrenta as consequências da seca

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Brigadista combate incêndio na Terra Indígena Tenharim/Marmelos (AM) Mayangdi Inzaulgarat/Ibama

A chegada das chuvas em boa parte do país reduziu em 68% o número de focos de incêndio, se comparado os meses de setembro e outubro. Entre 1º e 20 de setembro, o Brasil contabilizou 68.263 ocorrências, já no mesmo período de outubro, esse número caiu para 21.254. Os dados são do BDQueimadas, sistema de monitoramento de focos de incêndio do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). A redução dos focos de queimadas foi especialmente significativa nas regiões Centro-Oeste e Sudeste. No entanto, apesar das chuvas, a região Norte continua enfrentando os desafios impostos pela seca.

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Os dados de outubro deste ano revelam que a Amazônia continua a ser o bioma com o maior número de focos de queimadas, concentrando quase metade (48%) dos registros. Em seguida, aparece o Cerrado, com 24% dos focos de incêndio. O Pará se destaca como o estado com o maior número de queimadas, representando 16% do total.

Embora o período de chuvas tenha começado e o número de incêndios tenha diminuído, a precipitação ainda é insuficiente na região Norte, que continua a sofrer os efeitos da seca.

Os rios da região Norte ainda não se recuperaram da estiagem que atingiu a bacia amazônica, resultando em baixos níveis de água que impactam diretamente o transporte fluvial e terrestre. Todas as calhas dos rios que cortam o estado estão em situação crítica.


O Rio Negro e seus afluentes enfrentam a pior seca dos últimos 120 anos, e todos os 61 municípios do Amazonas foram afetados, com mais de 800 mil moradores sofrendo as consequências da seca severa.

Chuva no Centro-Oeste e Sudeste

Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), é esperado um volume considerável de chuva nos próximos dias, especialmente nas regiões sul e da zona da mata de Minas Gerais, na serra da Mantiqueira, no Vale do Paraíba, no litoral norte de São Paulo, e na Costa Verde e região serrana do Rio de Janeiro.


A previsão de tempo também alerta para chuvas fortes no extremo oeste de Santa Catarina, no oeste do Paraná e no sul do Mato Grosso do Sul. Essas instabilidades avançarão para o restante do Mato Grosso do Sul, norte do Paraná, sul do Mato Grosso e de Goiás, além do Triângulo Mineiro e interior de São Paulo.

Rajadas de vento superiores a 60 km/h, muitas trovoadas e potencial para queda de granizo também são esperados, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Sudeste.

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