Com Precatórios na pauta, Lira se reúne com deputados e João Roma
Presidente da Câmara espera votar PEC nesta quarta, mas possível falta de quórum paira sobre a Casa. Governo articula aprovação
Brasília|Sarah Teófilo, do R7, e Natalie Machado, da TV Record
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), pautou para esta quarta-feira (3), como previsto, a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios. Na pauta, a previsão é de início da sessão às 18h, para dar tempo aos deputados que ainda estão chegando dos seus estados. Na Residência Oficial da Câmara, em Brasília, Lira se reúne com parlamentares e com o ministro da Cidadania, João Roma, que chegou ao local por volta das 13h. Ele é o responsável por programas sociais, como o Auxílio Brasil, o qual o governo busca recursos por meio da aprovação da PEC.
Também chegaram ao local o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), o relator da PEC dos Precatórios, Hugo Motta (Republicanos-PB), e outros deputados como o vice-líder do Solidariedade Augusto Coutinho (PE), o líder do PSL, Vitor Hugo (GO), e o relator-geral do Orçamento e vice-líder do PSD, Hugo Leal (RJ).
Na semana passada, Lira tentou, pela segunda vez, votar a PEC, mas, por falta de quórum, a tentativa foi frustrada. Ele chegou a se reunir com líderes de partidos de base e centro, assim como com os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Flávia Arruda (Secretaria do Governo), articuladores do governo, e João Roma. Na ocasião, os líderes saíram do encontro com a missão de mobilizar as suas bancadas a levar todos os deputados à Câmara.
Apesar da ofensiva do governo, ainda há dúvida se a proposta será aprovada. Sem certeza sobre os votos do MDB e do PSDB, a base conta com articulação do presidente Arthur Lira junto à oposição para costurar um acordo envolvendo o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef).
Um quórum alto para votar uma PEC é importante pela quantidade de votos necessários para a sua aprovação: 308. Assim, a base fala em começar a votar a proposta se ao menos 490 dos 513 parlamentares estiverem presentes na Casa.