Com 87 pedidos para comparecer a comissões da Câmara, Dino pede para ir ao plenário uma vez só
Entre convites e convocações na Câmara e no Senado, já são cem demandas de esclarecimento ao ministro
Brasília|Ana Isabel Mansur e Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
Com 75 pedidos de convocação e 12 convites para comparecimento na Câmara dos Deputados, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, soliticou à presidência da Casa, nesta terça-feira (10), que os esclarecimentos sejam prestados de uma vez só, no plenário. O ministro pede que seja marcada uma comissão geral com os deputados. "Isso possibilitará também a observância de recomendações da área de segurança deste ministério", justificou Dino.
Há pedidos para que ele compareça também ao Senado. No total, são cem solicitações para que Dino vá ao Congresso. Na Câmara, são 75 documentos que convocam o ministro e 12 que o convidam a prestar esclarecimentos. No Senado, são 11 convocações e dois convites.
Leia mais: Flávio Dino falta à convocação de Comissão de Segurança; deputados criticam ausência
O ministro compareceria à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara nesta terça (10), mas faltou à sessão. Ele foi convocado pelo colegiado para prestar esclarecimentos sobre invasões de terras, atos extremistas do 8 de Janeiro, fake news e ataques a membros da comissão, entre outros pontos.
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O ministério enviou um ofício à comissão para justificar a ausência. Segundo a pasta, foi realizada nesta terça (10) uma operação policial integrada com forças de diversos estados, sob a coordenação do órgão.
“Informo a impossibilidade de comparecimento a essa comissão, em face de providências administrativas inadiáveis. Tais providências implicam a mobilização da equipe da Senasp [Secretaria Nacional de Segurança Pública], impedindo adequada preparação do material relativo aos temas solicitados por essa comissão”, explicou o ministro no documento.
Bate-boca em colegiado
Em abril, também na comissão de segurança pública da Câmara, Dino saiu antes do fim da reunião devido a uma confusão entre deputados. Parlamentares que participavam da sessão descumpriram o tempo de fala regimental, trocaram ofensas e quase se agrediram fisicamente.
Ao deixar a sessão, Dino foi chamado pelos parlamentares de "fujão". "Infelizmente alguns parlamentares não querem debater o tema. É um assunto sério que deveria ser debatido, mas…", lamentou.