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Comandante da Marinha diz que recursos para combater ameaças no Brasil são insuficientes

Almirante Marcos Olsen afirmou nesta quinta-feira (4) que a perda orçamentária da Força é de R$ 1 bilhão

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília

Almirante Marcos Olsen durante audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado
Almirante Marcos Olsen durante audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado Almirante Marcos Olsen durante audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado

O comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, afirmou nesta quinta-feira (4) que a Força está perdendo capacidade de atuação diante do prejuízo orçamentário, na casa de R$ 1 bilhão. Durante audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado, o militar ressaltou que o Brasil não está livre de ameaças e que os recursos precisam ser reforçados para combatê-las.

“É pouco responsável entender o Brasil como um país livre de ameaça. Essas ameaças estão presentes. O pacifismo unilateral que permeia a nossa sociedade e algumas instâncias decisórias parece ignorar essas questões”, disse Olsen.

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A perda gradual de R$ 1 bilhão ocorre desde 2017, segundo o militar, ano em que começou a vigorar a regra do teto de gastos. Sem a verba, Olsen afirmou que precisará desativar 40% dos equipamentos de defesa da Marinha até 2028, incluindo embarcações e munições.

“É inadmissível uma Força não ter capacidade de causar dano, o que exige treinamento, munição, óleo e manutenção. Exatamente em função do quadro orçamentário, nós temos perdido capacidade de atuação”, disse o almirante.

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O comandante citou a atuação da Marinha em 5,7 milhões de quilômetros quadrados para combater pesca ilegal, biopirataria, disputa por recursos naturais, terrorismo, crime organizado, desastres naturais, pirataria e ameaças cibernéticas.

Para exemplificar a dimensão do trabalho, Olsen afirmou que o Brasil “é inviável sem o uso do mar”, ressaltou que 97% da exploração de petróleo e 80% da exploração de gás vêm das águas e que a economia azul, referente aos recursos entregues pelo mar, corresponde a 20% da economia brasileira.

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O almirante também disse considerar sensível a questão de transmissão de dados: “99% das nossas transmissões ocorrem por dados marítimos, não por satélites. E são passíveis de interferência, interrupção e monitoramento. É preciso ter capacidade de vigilância e proteção para isso”, afirmou.

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Olsen pediu reforço no orçamento e sugeriu que, no curto prazo, o montante seja liberado a partir de fundos que acumulam R$ 7,2 bilhões, “que podem ser, desde que excepcionalizados, apropriados pela Força e empregados na constituição naval”. O novo arcabouço fiscal seria uma solução em longo prazo.

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