Comissão do Senado autoriza empréstimo de US$ 40 milhões para Maceió

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (5) a autorização de tomada de empréstimo no valor de US$ 40 milhões para Maceió (AL).

Os recursos sairão do Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata) e serão usados para conter danos sociais e econômicos causados pelo afundamento de uma mina de extração de sal-gema da petroquímica Braskem.

Na mesma sessão, os senadores aprovaram a urgência na análise da mensagem, que segue para o plenário da Casa. O relator do pedido, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), afirmou ao R7 que a proposta deve ser votada ainda nesta terça-feira (5). À comissão, ele pediu agilidade na conclusão da aprovação. "Através de um empréstimo como este poderemos investir no desenvolvimento urbano e na melhoria da qualidade de vida da população." 

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O pedido foi encaminhado pelo vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, na sexta-feira (1º), e foi recebido em mãos por Cunha. "Estive pessoalmente com o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, que deu celeridade a todas as medidas solicitadas e encaminhou a mensagem 94/2023 ao Senado", afirmou. 

Cunha também esteve reunido com o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, e o ministro do Turismo, Celso Sabino, em busca de medidas desde o fim de novembro, quando a Defesa Civil decretou alerta máximo em razão do risco de colapso do solo na cidade. 

A CAE também aprovou a tomada de outro empréstimo, de US$ 30 milhões, ao município de Itabuna (BA). O objetivo é financiar o Programa de Integração Urbana da cidade. Estão previstas a implantação de galerias de drenagem pluvial, a construção de ciclovias e de recursos de acessibilidade, além de equipamentos de lazer e esportes. 

Danos ambientais da Braskem em Maceió

Nos últimos dias, agravou-se o afundamento do solo da área de mina no bairro do Mutange. A mina 18 da petroquímica Braskem pode colapsar a qualquer instante, de acordo com a Defesa Civil municipal. A exploração de sal-gema pela empresa causou instabilidade no solo, que já cedeu 1,77 metro e afunda a uma velocidade de 0,25 centímetro por hora.

A cidade permanece em alerta máximo diante do risco iminente de colapso da mina. A área foi evacuada, e a orientação é para que a população não transite na região, em virtude do deslocamento do subsolo causado pela extração de sal-gema, substância utilizada na produção de soda cáustica e policloreto de vinila (PVC).