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Ministério avalia 'redução' de riscos de 'deslocamento de terra em larga escala' em Maceió

Sala de situação do Ministério de Minas e Energia diz que desmoronamentos, se ocorrerem, serão de forma localizada

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, Brasília

Risco de contaminação do lago é baixo, diz relatório
Risco de contaminação do lago é baixo, diz relatório

O relatório da sala de situação do Ministério de Minas e Energia que avalia os riscos de desmoronamento em Maceió, no estado de Alagoas, afirma que há uma “redução” de probabilidade de “deslocamento de terra em larga escala”. O bairro de Mutange, onde fica a mina 18 de Braskem, é um dos principais afetados, mas as regiões de Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto e Farol também sofrem com o afundamento do solo devido à extração de sal-gema.

A equipe do ministério segue acompanhando com as autoridades locais as regiões afetadas, apesar de terem apontado uma “estabilização” do quadro. “Nas últimas 24 horas, houve redução da velocidade de deslocamento, de 50 cm nos dias 29 e 30/11/23 para cerca de 15 cm por dia [neste sábado]. Registra-se que ainda é uma velocidade elevada, ao se comparar com o parâmetro anterior da ordem de 20 cm por ano. A situação ainda demanda atenção”, afirma.

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Segundo os técnicos, o sismo ocorrido na região vai em direção à lagoa de Mundaú e indica um afastamento da situação de instabilidade da área original. A expectativa dos especialistas é que, se houver desmoronamento, ele ocorra de “forma localizada, e não generalizada”. O texto acrescenta que há baixo risco de contaminação da lagoa e que ainda não foi observada alteração expressiva no nível da água no local.

A equipe trabalha com sensores instalados ao redor da área para monitoramento, em tempo real, pela Defesa Civil. A retirada de habitantes da região acontece desde 2020. Ao todo, já foram 50 mil habitantes residentes em cerca de 14,5 mil moradias afastados das áreas de risco. No sábado, outras 20 pessoas que moravam na região foram removidas.


A lagoa Mundaú está interditada para navegação, e a sala de situação deve se reunir todos os dias desta semana para avaliar novas informações e levantamento de dados.

Mais fiscalização

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou na COP28 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, que o ministério acompanha de perto a situação do estado nordestino. “Agora esperamos as apurações e as devidas responsabilizações dos danos causados", afirmou.

Em entrevista à imprensa na COP28, Silveira, que é do estado de Minas Gerais, recordou as tragédias de Mariana e Brumadinho, com o rompimento de barragens que causou a morte, nos dois episódios, de quase 300 pessoas.

“De lá para cá, as políticas foram modernizadas, e acredito que o maior legado que podemos deixar é o fortalecimento da Agência Nacional de Mineração [ANM], uma das agências mais fragilizadas do Brasil, com uma estrutura muito aquém daquela de que precisa. Nosso grande desafio é chegar ao fim do nosso governo com ela fortalecida para incrementar políticas do ponto de vista da formulação de fiscalização e evitar acidentes”, afirmou.

Reparação de danos

O ministro acrescentou que se sente “indignado” com o acordo não assinado em dezembro do ano passado com as mineradoras envolvidas nos desastres em Brumadinho e Mariana.

“O Governo de Minas Gerais vinha bravatando que tinha um pré-acordo de R$ 100 bilhões para reparar os danos pessoais, ambientais e morais que as mineradoras causaram ao Brasil. Findado o governo Bolsonaro, contudo, o acordo não aconteceu, e descobrimos que esses tais R$ 100 bilhões não existem. As mineradoras falam em R$ 40 bilhões”, declarou.

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