Como corregedor, Raul Araújo deve herdar pelo menos sete processos contra Bolsonaro
Conhecido por ter uma postura mais conservadora, ministro tomará posse no Tribunal Superior Eleitoral em 21 de novembro
Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília
O ministro Benedito Gonçalves deixou nesta semana a corregedoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No seu lugar, ficará o ministro Raul Araújo, conhecido por ter uma postura mais conservadora. Para Araújo, ficarão pelo menos sete Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva. Araújo tomará posse na Corte como corregedor em 21 de novembro.
A expectativa é que Raul Araújo, que deve ficar no cargo até 2025, não coloque outras ações em julgamento. Isso porque, nas audiências que ocorreram até o momento, Araújo e Nunes Marques (indicado por Bolsonaro) se manifestaram contra as condenações fixadas pela Corte.
Nesta semana, o ministro pediu vista, ou seja, mais tempo para analisar o tema, em um processo apresentado pelo PT contra o ex-presidente, por supostamente associar Lula ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
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Nas eleições, foi Araújo quem proibiu manifestações políticas no festival Lollapalooza. Também no mesmo período, foi novamente o ministro quem negou o pedido feito pelo PT para a retirada de outdoors em defesa do então presidente Jair Bolsonaro instalados em Mato Grosso.
Natural de Fortaleza (CE), o ministro é bacharel em direito pela Universidade Federal do Ceará e em economia pela Universidade de Fortaleza. Ele é ministro do STJ desde 2010.