Companhias aéreas ainda correm para retomar operações, um dia após apagão tecnológico global
Problema foi causado por falha em um dos sistemas de segurança de uma companhia norte-americana
Brasília|Do Estadão Conteúdo
Fornecedores de transporte, empresas e governos estão se apressando, neste sábado (20), para colocar todos os seus sistemas novamente online após longas interrupções decorrentes de uma ampla falha tecnológica. O maior impacto contínuo foi na aviação. Companhias aéreas cancelaram milhares de voos na sexta-feira (19) e agora têm muitos de seus aviões e equipes deslocados, enquanto aeroportos enfrentam problemas contínuos com check-in e segurança.
O sistema de transporte do Reino Unido ainda tenta se recuperar. O Aeroporto de Gatwick afirmou que “a maioria” dos voos programados deve decolar, o de Manchester disse que poderia haver cancelamentos de última hora e o Porto de Dover informou que há espera de uma hora para entrar no terminal e pegar balsas para a França.
Enquanto isso, o Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido alertou pessoas e empresas para ficarem atentas a tentativas de phishing enquanto “agentes maliciosos oportunistas” tentam tirar vantagem do apagão.
Em Berlim, a Eurowings, uma subsidiária de baixo custo da Lufthansa, disse que espera voltar a operar voos “em grande parte programados” neste sábado.
Em Dallas, nos EUA, a Delta Air Lines e suas afiliadas regionais cancelaram mais de um quarto de sua programação de voos na Costa Leste até o meio da tarde de sexta-feira, segundo o provedor de dados de aviação Cirium.
Já o prefeito de Portland, Ted Wheeler, declarou estado de emergência na sexta-feira depois que mais da metade dos sistemas de computador da cidade foram afetados pela queda global da internet.
No cerne do massivo transtorno está a CrowdStrike, uma empresa de cibersegurança que fornece software para dezenas de empresas em todo o mundo. A companhia afirma que o problema ocorreu quando foi instalada uma atualização defeituosa em computadores rodando o Microsoft Windows, observando que a questão por trás da paralisação não foi um incidente de segurança ou um ciberataque.