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Condenado por estupro da sobrinha de 9 anos, enfermeiro do DF é preso em Águas Lindas

Nilton Sérgio Alves Ferreira cumprirá pena de 10 anos em regime fechado por abusar sexualmente da menina, que tinha 9 anos

Brasília|Thaís Moura, da RECORD

Réu é suspeito de mais crimes contra menores
Réu é suspeito de mais crimes contra menores Réu é suspeito de mais crimes contra menores (Reprodução/Redes Sociais)

A PCGO (Polícia Civil do Estado de Goiás) prendeu na última segunda-feira (25), em Águas Lindas (GO), no Entorno do Distrito Federal, o enfermeiro Nilton Sérgio Alves Ferreira, condenado a 10 anos de prisão em regime fechado por abusar sexualmente de uma sobrinha que tinha 9 anos na época do crime. Em abril de 2023, o caso foi noticiado pela RECORD.

O caso de abuso ocorreu em 2014. A denúncia, registrada no mesmo ano, aponta que a vítima relatou que o tio passou a mão em suas partes íntimas e em seguida lambeu sua orelha. Ele teria oferecido dinheiro para que ela não contasse a ninguém. A menina relatou os abusos para a mãe, que registrou boletim de ocorrência. O enfermeiro chegou a ser confrontado pela mulher.

Ao longo do processo, a menina conseguiu contar o ocorrido com detalhes. Ela disse que Ferreira passou a mão também nas pernas da irmã, outra vítima menor de idade. Durante anos, o processo tramitou na Justiça de Goiás e terminou com a condenação do réu a 17 anos de prisão. A defesa recorreu, conseguindo que a pena fosse reduzida para 10 anos. O TJGO (Tribunal de Justiça de Goiás) informou que ainda cabe recurso da decisão.

O enfermeiro também é investigado por abusar sexualmente de outra vítima menor de idade. No ano passado, a família procurou a Deam II (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher), da Polícia Civil do Distrito Federal, para informar que o crime foi cometido "durante anos" e que o primeiro contato aconteceu em 2005, quando a menina tinha 5 anos.

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A jovem relatou à PCDF que o enfermeiro passou a mão em suas partes íntimas mais de uma vez e que em certa ocasião chegou a levá-la para um motel. Esse caso é investigado pela Polícia Civil do DF.

A defesa de Nilton Ferreira foi procurada pela RECORD para comentar sobre a prisão e a condenação do réu, mas não houve resposta até a última atualização desta reportagem.

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Em atividade

Mesmo depois de ser condenado, o enfermeiro continuou atuando como servidor na rede pública do Distrito Federal. No Portal de Transparência do GDF, consta que Ferreira era servidor ativo pelo menos até janeiro de 2024.

A RECORD procurou a Secretaria de Saúde do DF depois da prisão. A pasta informou que não poderia confirmar se ele ainda é servidor do GDF por "não ter acesso a dados da Justiça referentes a prisão". A secretaria reforçou que, "sempre que notificada, a pasta fornece todas as informações necessárias às autoridades judiciais".

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O Coren-DF (Conselho Regional de Enfermagem do DF) informou que "o crime pelo qual Nilton foi condenado ocorreu fora da esfera de atuação profissional e não estava relacionado a suas funções enquanto enfermeiro". O conselho reforçou que não há "embasamento legal para a aplicação de penalidades" ao enfermeiro e que "o Coren-DF atua estritamente dentro de sua jurisdição e competência, avaliando condutas relacionadas ao exercício profissional da enfermagem ou a atividades diretamente vinculadas à categoria".

Leia a nota do COREN-DF, na íntegra:

"O Conselho Regional de Enfermagem do Distrito Federal (Coren-DF) esclarece o caso envolvendo Nilton Sérgio Alves Ferreira, condenado por estupro de vulnerável em um processo conduzido pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.

É importante ressaltar que o Coren-DF atua estritamente dentro de sua jurisdição e competência, avaliando condutas relacionadas ao exercício profissional da enfermagem ou a atividades diretamente vinculadas à categoria. No caso em questão, o crime pelo qual Nilton foi condenado ocorreu fora da esfera de atuação profissional e não estava relacionado a suas funções enquanto enfermeiro.

Diante desse contexto, após criteriosa análise, o conselho entende que não há embasamento legal para a aplicação de penalidades, dada a ausência de conexão entre o crime cometido e a prática profissional no âmbito da enfermagem.

Reiteramos o compromisso inabalável do Coren-DF com os mais elevados padrões éticos, voltados à segurança dos pacientes e à integridade da profissão da enfermagem.

Nosso objetivo primordial é garantir a excelência na assistência prestada à população, bem como zelar pelas prerrogativas da categoria, atuando sempre dentro da jurisdição de atuação cabível."

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