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Contrariando a PF, advogado de Zambelli diz que ela está sob custódia após se entregar

Defesa acredita que a deputada, foragida desde junho, retorne para casa, na Itália, ainda nesta terça-feira

Brasília|Rute Moraes e Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • A advogada de Carla Zambelli afirmou que ela se entregou às autoridades italianas e está sob custódia policial.
  • A informação contradiz a versão da Polícia Federal, que declarou que a deputada foi presa.
  • A deputada, que estava foragida desde junho, pode ser extraditada, mas também pode solicitar permanecer na Itália devido à sua cidadania italiana.
  • Zambelli foi condenada a dez anos de prisão pelo STF por invasão aos sistemas do CNJ e estava na lista vermelha da Interpol.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

A parlamentar foi condenada a dez anos de prisão por invasão aos sistemas do CNJ Mário Agra/Câmara dos Deputados - 27/11/2024

O advogado Fabio Pagnozzi, que atua na defesa da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), afirmou ao R7, nesta terça-feira (29), que a parlamentar se entregou às autoridades italianas e está sob custódia da polícia neste momento.

A informação contraria a alegação do diretor-geral da PF (Polícia Federal), Andrei Augusto Passos, que confirmou que a parlamentar foi presa há poucas horas.


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“Ela se entregou. As autoridades não podem entrar no endereço dela. Ela deu o endereço e falou: ‘Estou aqui no país de vocês, não estou fugindo. Estou aqui colaborando, esse é o meu endereço. Se vocês quiserem fazer os procedimentos administrativos de praxe, para que eu possa ser fichada’...”, contou o advogado ao R7.

Conforme a defesa, a deputada, que está sob custódia administrativa da Justiça italiana, pode retornar para casa, ser presa ou extraditada.


“Agora a gente tem dois dias, que normalmente é o prazo para se decidir o que vai acontecer”, explicou.

O advogado disse ainda que foi a parlamentar quem ligou para que as autoridades fossem até seu endereço na Itália. Até o momento, a localização dela era desconhecida publicamente.


“Por um lado, ela não quis ficar fugindo. A partir do momento em que ela faz isso, fica em custódia. Agora, é uma custódia administrativa, que pode se converter em prisão preventiva, domiciliar ou ela pode ser extraditada”, declarou.

O advogado explicou ainda que o pedido de extradição de Zambelli ainda não foi aprovado pelo Ministério da Justiça da Itália. A defesa também informou que a deputada gravou um vídeo antes de se entregar.


Segundo fontes da PF, a prisão seria para fins de extradição, já que a Itália tem tratados nesse sentido com o Brasil. Porém, como a deputada licenciada tem cidadania italiana, ela pode, no auto do registro, dar entrada no pedido para permanecer no país. Nesse caso, poderia ser liberada e aguardar o processo em liberdade.

­O eurodeputado Angelo Bonelli fez uma postagem afirmando que a brasileira “está em um apartamento, em Roma. Forneci o endereço à polícia. Neste momento, está identificando Zambelli”, escreveu.

Um mês foragida

A parlamentar estava foragida desde o início de junho, quando saiu do Brasil semanas após ser condenada a dez anos de prisão, perda do mandato de deputada e ao pagamento de multa de R$ 2 milhões por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal).

O nome de Zambelli tinha sido incluído na lista de difusão vermelha da Interpol por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Essa lista funciona como um alerta para polícias de todo mundo sobre fugitivos procurados internacionalmente.

Depois que a deputada anunciou ter saído do Brasil, o STF concluiu o julgamento contra ela, referente à invasão aos sistemas do CNJ, e decretou o trânsito em julgado do caso, impedindo que Zambelli apresente novos recursos contra a decisão.

Com o fim do julgamento, Moraes determinou que o governo brasileiro pedisse a extradição da deputada.

Zambelli alegou que deixou o Brasil para tratar de questões de saúde e para lutar por liberdade de expressão.

Antes de ir à Itália, a deputada passou pelos Estados Unidos. Zambelli alega ter cidadania italiana e acreditava estar a salvo da Justiça brasileira no país europeu.

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