COP30 adere à agenda brasileira, mas financiamento bancado por países ricos fica indefinido
Mudança nas regras para apoio a países em desenvolvimento ainda não tem consenso
Brasília|Lis Cappi e Ana Isabel Mansur, do R7, enviadas especiais a Belém
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O primeiro dia da COP30 (30ª Cúpula do Clima das Nações Unidas), em Belém, chegou a um acordo para seguir a agenda proposta pelo Brasil até o fim do evento, em 21 de novembro. As 194 delegações que participam do evento apoiaram boa parte das pautas apresentadas pelo país.
A pauta passa por seis eixos, com mais de 100 áreas prioritárias, que prevê discussões sobre temas como transição energética, desenvolvimento e financiamento climático.
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Os temas visam, de forma geral, a redução das emissões de gases poluentes e adaptação às mudanças do clima, além de transição para economias sustentáveis. A definição de cada um desses tópicos vai permitir com que negociadores partam para o início dos debates ligados ao clima.
O consenso sobre a agenda sugerida pelo Brasil foi celebrada pelas autoridades da COP30 ao longo dessa segunda-feira (10), entre eles o presidente do evento, André Corrêa do Lago.
“A gente conseguiu achar uma maneira de aprovar a agenda e, ao mesmo tempo, tratar dos itens que não tinham consenso”, afirmou.
Tópicos sem consenso
A aprovação ocorreu de forma rápida, mas isso gerou divisão sobre alguns pontos defendidos pelo Brasil, que ainda não tinham consenso — como a proposta de mudar as regras de financiamento.
A ideia do Brasil era garantir um debate para que países ricos garantam recursos financeiros para a adaptação climática de países em desenvolvimento.
Esse tópico será debatido em espaços informais da conferência, assim como metas individuais de países contra emissões, as chamadas NDCs, que podem ou não ser incluídos na pauta final.
O espaço de diálogo ainda pode ser positivo, conforme a avaliação da especialista de política internacional do Greenpeace Brasil, Camila Jardim.
“É importante ver que as partes também abriram espaços para discutir assuntos difíceis e urgentes, como o debate das NDCs e a lacuna de ambição e o financiamento climático — mesmo que em sessões informais. Agora, esses espaços de discussão podem trabalhar para criar consensos que se reflitam nas negociações formais da COP30”, diz.
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