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COP30 chega ao fim, e presidência no Brasil promete construir propostas para combustíveis e transição

André Corrêa do Lago vai insistir em mapa para fim do uso de petróleo, gás e carvão e promete texto em conferência de combustíveis em abril, na Colômbia

Brasília|Ana Isabel Mansur e Lis Cappi, do R7, enviadas especiais a Belém

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O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, prometeu dois textos paralelos após a conferência Ueslei Marcelino/COP30 - 22.11.2025

Além de confirmar as decisões finais da COP30, que chegou ao fim com um texto sem compromissos para o fim do uso de combustíveis fósseis, o presidente da conferência no Brasil prometeu que seguirá construído duas novas propostas de forma paralela: um texto ligado para diminuir o uso de petróleo, gás e carvão, ligado para a transição energética, e outro relacionado ao desmatamento.

A posição foi confirmada por André Corrêa do Lago a representantes de 195 países, neste sábado (22). Segundo ele, o “Mapa do Caminho” ligado aos combustíveis será divulgado até abril, para a conferência que tratará o tema de forma paralela na Colômbia.


“Eu, como presidente da COP30, vou criar dois mapas: um como reverter o desmatamento e o outro transicionar fora dos combustíveis fósseis, de uma forma justa e igualitária”, afirmou o embaixador. A declaração foi aplaudida por negociadores.

Corrêa do Lago afirmou que a decisão atende a necessidade de mudanças climáticas e seguirá cobranças da sociedade civil. O texto será construído com contribuições científicas.


“As discussões muito importantes que aconteceram aqui e precisam continuar durante a presidência brasileira até a próxima COP, mesmo se não forem repetidas nesse texto que a gente acabou de aprovar”, disse.

Segundo apurou o R7, a diretora-executiva da COP30, Ana Toni, fez um pedido para que um grupo de cientistas apresente um plano ligado às emissões, para construção dessa proposta nos próximos meses.


Combustíveis fora de texto final

O texto final elaborado entre negociadores foi desidratado e deixou de fora a que se tornou a principal defesa do Brasil ao longo da COP: o Mapa do Caminho para o fim do uso de combustíveis fósseis.

Nações diretamente afetadas pelas mudanças climáticas, como as Ilhas Marshall, pressionaram por uma ação mais direta de países e queriam que a mudança estivesse na versão final.


A área na Oceania é uma das que pode desaparecer com o aumento do nível do mar, uma das consequências do aquecimento global.

Cerca de 30 países chegaram a enviar uma carta à presidência brasileira e pediram a revisão do texto, sob risco de “fracasso” da COP30. Ao longo da conferência, o número de países que apoiavam o debate sobre os fósseis ficou em torno de 80.

Outro país que pressionou pela inclusão foi a Colômbia. Durante a sessão plenária, o presidente Gustavo Petro chegou a dizer que a ausência do tema no texto final da COP é “hipocrisia”.

“Não posso aceitar que a declaração da COP 30 não afirme claramente, como a ciência confirma, que a causa da crise climática são os combustíveis fósseis”, apontou, em publicação feita por rede social. “A Colômbia se opõe a uma declaração da COP 30 que não revela a verdade científica ao mundo”.

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