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COP30 entra na segunda semana com desafio de consenso entre países

Nações não concordam sobre discutir fim da dependência de combustíveis fósseis

Brasília|Ana Isabel Mansur e Lis Cappi, do R7, enviadas especiais a Belém

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A COP30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas, enfrenta desafios de consenso entre os países na sua segunda semana de discussões.
  • Tópicos pendentes incluem o financiamento de países desenvolvidos para os em desenvolvimento e a transparência nas NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas).
  • O evento evita discutir oficialmente a dependência de combustíveis fósseis, apesar da pressão de ambientalistas e autoridades brasileiras por uma transição energética.
  • O governo brasileiro propõe um "Mapa do caminho" para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, buscando um diálogo inclusivo para ações efetivas.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

COP30 começou na semana passada, em Belém Tânia Rêgo/Agência Brasil - 14.11.2025

A COP30, a conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) que discute as mudanças climáticas, entra na segunda semana de discussões nesta segunda-feira (17) com o desafio de conciliar temas de discordância entre os países.

O evento ocorre desde a última segunda (10), em Belém (PA), e deve se estender até a próxima sexta (21).


A COP30 evita colocar oficialmente na mesa de negociações a dependência dos combustíveis fósseis, um dos maiores responsáveis pelas mudanças climáticas.

A ausência do tema nas discussões formais contrasta com a crescente pressão de ambientalistas, governos e especialistas, que defendem uma transição mais acelerada para energias limpas.


Entenda

A decisão de ignorar o assunto na agenda oficial vai no caminho oposto ao que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendem.

Ambos têm sugerido um “Mapa do caminho” da transição energética — processo que busca substituir gradualmente combustíveis fósseis por fontes renováveis e sustentáveis, como a solar, eólica e hídrica.


O conceito de “Mapa do caminho” (roadmap, em inglês) é utilizado em negociações para definir planos de ação com etapas, prazos e metas concretas em busca de um objetivo comum.

Apesar dessa posição do governo brasileiro e da pressão de ambientalistas e especialistas, o tema pode ficar de fora do documento final da COP30. Oficialmente, a conferência tem 145 itens na agenda de discussões.


Na tentativa de equilibrar o papel de anfitrião com uma atuação proativa na agenda climática, o governo brasileiro tem buscado manter o debate vivo em agendas paralelas.

Na abertura da cúpula de líderes e na sessão inaugural da COP30, Lula se referiu ao conceito de mapa do caminho. Sem apresentar detalhes, o presidente afirmou ser necessário planejar a diminuição da dependência de combustíveis fósseis.

“Precisamos de mapas do caminho para que a humanidade, de forma justa e planejada, supere a dependência dos combustíveis fósseis, pare e reverta o desmatamento e mobilize recursos para esses fins”, ressaltou.

Combustíveis fósseis são fontes de energia não renováveis — como carvão mineral, petróleo e gás natural — formadas pela decomposição de matéria orgânica. A queima desses materiais libera energia, mas também contribui para o aquecimento global e a poluição.

Em um dos eventos paralelos às mesas de negociação oficiais, a ministra Marina Silva reforçou o discurso de Lula. Ela admitiu a complexidade do tema, mas frisou a importância de estabelecer o percurso citado pelo petista.

“O que nós queremos é que esse mapa seja a nossa bússola para superarmos a dependência dos combustíveis fósseis de forma justa, ordenada e planejada, fruto de um diálogo com todos, para que ninguém fique para trás”, destacou.

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