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Coronel Naime volta a passar mal em prisão e é levado a hospital; esposa alega risco de embolia

Preso sob suspeita de omissão no 8/1 já teve outros episódios de mal-estar desde que foi detido, em 7 de fevereiro

Brasília|Edis Henrique Peres, do R7, em Brasília

Coronel Naime volta a passar mal na prisão
PGR nega liberdade a Coronel Naime

O coronel Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal, passou mal nesta segunda-feira (4) na prisão e foi levado a um hospital particular da Asa Norte, em Brasília. Preso desde 7 de fevereiro, Naime já teve outros episódios de mal-estar, inclusive desmaios, no período em que está detido. 

Em nota, a Polícia Militar informou que o coronel já retornou ao local de custódia após atendimento, que é o 19º Batalhão da PM, dentro do complexo da Papuda, em São Sebastião. A esposa do oficial, Mariana Naime, narrou o episódio pelas redes sociais e pediu a libertação do marido. "Por favor, ele está no limite de suas forças", escreveu.

Segundo ela, Naime apresentava fortes dores no peito. "Na última sexta-feira, ele foi diagnosticado com tromboflebite aguda na veia cefálica. Como as dores evoluíram, há um risco grande do trombo ter deslocado e ameaça de embolia", afirmou nas redes.

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Suposta omissão

Naime está detido por susposta omissão no episódio dos atos antidemocráticos do 8 de Janeiro. O coronel era o responsável pelo planejamento das operações quando manifestantes invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso e o STF.


Nos depoimentos prestados à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do DF e à Comissão Parlamentar Mista do Congresso (CPMI), o militar afirmou que a corporação não recebeu dados da gravidade das manifestações na praça dos Três Poderes.

Segundo ele, às 10h de 8 de janeiro, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) tinha informações detalhadas sobre as manifestações, mas que "as providências não foram tomadas".

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"Ou as agências de informação não passaram isso para o secretário nem para o comando geral, ou passaram e eles ficaram inertes, não tomaram providências, porque eles tiveram cinco horas para tomar providência a partir do momento em que receberam a informação", afirmou ao colegiado.

Naime assumiu a chefia do Departamento Operacional da Polícia Militar após 28 anos na corporação. Ele foi exonerado do cargo em 10 de janeiro, depois de o interventor Ricardo Cappelli assumir a responsabilidade de restabelecer a ordem na capital federal.

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