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R7 Brasília

Corregedoria da PRF reabre investigação de assédio sexual contra ex-chefe de gabinete

Processo administrativo contra ex-chefe de gabinete da superintendência de Minas Gerais havia sido arquivado

Brasília|Natália MartinsOpens in new window


Viaturas da PRF: caso de assédio é investigado PRF/Divulgação

A corregedoria da PRF (Polícia Rodoviária Federal) reabriu nesta quinta-feira (18) o processo administrativo para investigar Marcos Roberto da Silva, ex-chefe de gabinete da superintendência de Minas Gerais. Ele foi denunciado por seis servidoras por suposto assédio sexual e moral, entre 2015 e 2018. A reabertura do processo ocorreu após uma reportagem do R7 mostrar que o caso havia sido arquivado sem que testemunhas fossem ouvidas. Marcos Roberto nega todas as acusações.

Na decisão administrativa de reabertura do PAD (Processo Administrativo Disciplinar), o corregedor-geral da PRF, Vinicius Behrmann, também anula um processo que havia inocentado Marcos Roberto das denúncias de assédio. O documento ainda estabelece que o novo PAD será conduzido por um novo colegiado, que deverá incluir pelo menos uma servidora.

“Verifico neste momento que as provas constantes dos autos não eram suficientes para o julgamento, bem como se mostravam manifestamente contrárias às conclusões adotadas no Termo de Instrução e Indiciamento”, diz o documento.

Policiais, servidoras administrativas, terceirizadas e uma estagiária afirmam que ex-chefe de gabinete da superintendência da PRF mineira era atencioso no começo, se aproximava e depois tentava forçar intimidade. Ao ser recusado, segundo os relatos, começava a difamá-las, tratá-las mal e tentava intimidá-las.


Depois da primeira denúncia, uma comissão foi formada pela corregedoria, em 2018, para a investigação preliminar na corporação. Outras vítimas denunciaram, mas foram ouvidas como testemunhas do primeiro caso. As mulheres escutadas no PAD apontaram testemunhas que teriam presenciado assédios. Depois de cinco anos, o ex-chefe de gabinete entrou com um processo cível de danos morais, baseado no arquivamento do PAD.

As mulheres alegam que apenas com essa ação tiveram acesso aos resultados do processo investigativo que a corregedoria fez. Elas dizem que o órgão interno não ouviu testemunhas indicadas por elas, mas escutou aquelas que foram apresentadas pelo ex-chefe.

Na época em que o processo foi arquivado, Silva disse ao R7 que todas as acusações foram apuradas e ele, inocentado. “Ocorreram todas as apurações, mediante investigação inclusive com perícias, e fui inocentado. Questão já transitada em julgado, além de já prescrita há mais de um ano”, disse à reportagem. A defesa dele diz que a inocência dele foi inquestionavelmente comprovada.

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