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R7 Brasília

Correios apreenderam R$ 13 milhões em produtos ilícitos, como armas e drogas

Valores são referentes a itens que circulam dentro do Brasil, ou seja, não incluem encomendas importadas

Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília


Malote com armas seria retirado em agência do RJ Divulgação/Polícia Federal

As ações de repressão ao tráfico de ilícitos dos Correios nos primeiros meses de 2024 já resultaram em apreensões que somam um montante de quase R$ 13 milhões. Neste montante, estão incluídos os flagrantes de drogas e armas, já que muitas organizações pensam em usar a estrutura postal para enviar os materiais. Entre os itens apreendidos, está um fuzil anti-drones, haxixe, cocaína e outros entorpecentes (veja mais detalhes abaixo). A estatal informou ao R7 que, por se tratar de tema relacionado à segurança, a empresa não pode fornecer os números absolutos das apreensões.

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Os funcionários dos Correios atuam em parceria com outros órgãos de fiscalização, como as policiais civis e a PF (Polícia Federal), para prevenir e localizar os trajetos mais utilizados pelas organizações. “Muitas das operações de repressão começam após a fiscalização por meio de raio-x realizada pelos Correios.”

Operações

Uma das apreensões aconteceu em junho, no Distrito Federal. A Polícia Civil fez uma operação contra um grupo que utiliza os Correios para entregar drogas escondidas em sacos de ração. Ao todo, foram apreendidos R$ 120 mil em tablets de haxixe. Um homem foi preso e um adolescente apreendido em flagrante durante a operação.

Já em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, um homem foi preso após tentar retirar uma encomenda de armamentos. Na ação, foram apreendidos oito acessórios conhecidos como “kit Roni”. O material consegue transformar armas de fogo semiautomáticas em automáticas.


No Complexo da Maré, na zona norte do Rio, uma operação da Polícia Militar prendeu um casal em flagrante com armas de fogo. Segundo as investigações, esse tipo de material chega por encomenda, com o intuito de fortalecer o poder bélico da facção criminosa que domina a região. Quando os suspeitos chegaram na agência dos Correios, os policiais interceptaram miras holográficas, lunetas e carregadores de fuzis importados e capazes de armazenar 50 munições. Eles foram levados para Superintendência da Polícia Federal e estão à disposição da Justiça.

Itens importados

Segundo os Correios, o montante não considera a apreensão de objetos importados, pois essas apreensões são realizadas pela Receita Federal do Brasil e as encomendas são retidas antes de entrarem no fluxo dos Correios.


Esse foi o caso da apreensão do fuzil anti-drones, localizado em uma encomenda na agência dos Correios em Nova Iguaçu (RJ). Segundo a Polícia Federal, a Receita repassou a informação que a remessa com o armamento teria vindo da Ásia. O produto tem uso controlado e a sua comercialização, posse e emprego é condicionada à aprovação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

Segundo as investigações, os fuzis estão sendo utilizados pelo crime organizado para o monitoramento do espaço aéreo das comunidades em que atuam, com vistas ao impedimento do uso de drones pelas forças policiais ou mesmo por facões rivais na guerra do tráfico.

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