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CPI decide ouvir diretor da Prevent Senior na semana que vem

Diretor-executivo da empresa e ministro da Controladoria-Geral da União devem ser os depoentes da próxima semana

Brasília|Isabella Macedo, do R7, em Brasília

Senadores decidiram ouvir dois depoimentos na próxima semana; Renan Calheiros afirmou que não há definição sobre adiamento de entrega de relatório
Senadores decidiram ouvir dois depoimentos na próxima semana; Renan Calheiros afirmou que não há definição sobre adiamento de entrega de relatório Senadores decidiram ouvir dois depoimentos na próxima semana; Renan Calheiros afirmou que não há definição sobre adiamento de entrega de relatório

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 decidiu remarcar a data do depoimento de Pedro Benedito Batista Júnior, diretor-executivo da Prevent Senior para a próxima quarta-feira (21). A oitiva estava prevista para ser realizada na manhã desta quinta (16), mas a empresa afirmou que não houve tempo hábil para que o executivo comparecesse. Sem o depoente, a reunião durou apenas uma hora para que os senadores decidissem encaminhamentos para a próxima semana.

A CPI chegou a cogitar o pedido de condução coercitiva, mas acabou preferindo a remarcação da data de depoimento. A empresa é investigada pela comissão pela suposta obrigação para que médicos prescrevessem o chamado “kit covid”, com medicamentos sem eficácia contra a covid-19.

Apesar do adiamento do depoimento desta quarta, o senador Renan Calheiros destacou que ainda não há definição sobre um novo prazo para a entrega do relatório. Ele pretende entregar o texto à comissão entre quinta e sexta-feira da semana que vem. Calheiros disse que não voltará esta semana a seu estado para se concentrar na finalização do relatório.

“Estou inteiramente à disposição. Eu não vou mais viajar para o estado até o encerramento dos nossos trabalhos para que possa ter uma dedicação diuturna à tarefa. Claro, estou tendo muita dificuldade, mas estou inteiramente dedicado para que tenhamos um bom resultado”, afirmou ele aos colegas.

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Ministro da CGU

Além de Batista Júnior, que será ouvido na quarta, a CPI ouvirá o ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário. A convocação do ministro já tinha sido aprovada pela CPI em junho, antes do recesso parlamentar. Entretanto, após o suposto lobista da Precisa Medicamentos, Marconny Albernaz de Faria, afirmar, em seu depoimento aos senadores, que a operação da Polícia Federal realizada no Pará da qual foi alvo contou com a participação da CGU, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que Rosário precisa ser ouvido e pediu a inclusão dele no relatório final de Renan Calheiros (MDB-AL).

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Aziz disse que Rosário deve constar no relatório de Renan por prevaricação por ter conhecimento e não agir contra um suposto esquema para beneficiar pessoas dentro do Ministério da Saúde, especialmente o ex-diretor de Logística em Saúde da pasta Roberto Ferreira Dias.

“Wagner Rosário é um prevaricador. Tem que vir mesmo aqui, porque como é que ele sabia que o Roberto Dias estava operando dentro do ministério e não tomou providência? O senhor Wagner Rosário tem que explicar não são as operações que ele fez, não, é a omissão dele em relação ao governo federal. Tem que vir, mas não tem que vir aqui pra jogar pra torcida, não. Ele vai jogar aqui no nosso campo", disse Aziz durante a reunião de quarta.

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Rosário respondeu acusando o senador amazonense de calúnia. “A autoridade antecipar atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação também é crime! Aguardando ansiosamente sua convocação”, escreveu o ministro.

A operação realizada pela PF e pela CGU em outubro do ano passado obteve mensagens trocadas por Marconny Albernaz com diversas pessoas, incluindo Roberto Dias. Para Aziz, Wagner Rosário teve acesso às evidências e nenhuma providência foi tomada. "O Roberto Dias continuou lá negociando vacina, pedindo propina", declarou.

Antes de encerrar a reunião desta quinta, os senadores também aprovaram um requerimento para que o Ministério da Saúde forneça informações sobre uma nota divulgada pela pasta dizendo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomendava vacinação de crianças e adolescentes. 

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