CPI do 8 de Janeiro aprova convite para ouvir ministro Flávio Dino
Na prática, Dino não é obrigado a comparecer, uma vez que apenas a presença mediante convocação é obrigatório
Brasília|Fabíola Souza, do R7, em Brasília
A CPI da Câmara Legislativa que investiga os atos de 8 de Janeiro aprovou nesta quinta-feira (22) o convite para que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, seja ouvido pelos parlamentares. Na prática, Dino não é obrigado a comparecer, uma vez que apenas a presença mediante convocação é obrigatória.
Ainda na mesma reunião, os integrantes da comissão aprovaram a convocação do capitão reformado da Marinha, Vilmar José Fortuna, que participou dos atos de vandalismo de 8 de janeiro. Na época, Fortuna ocupava um cargo no Ministério da Defesa.
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De acordo com o autor do requerimento de convite para o ministro da Justiça, o distrital Joaquim Roriz Neto (PL), a intenção é que Dino preste esclarecimentos e afaste dúvidas "que pairam sobre o comando da pasta em relação ao dia 8 de janeiro". "Quem não deve, não teme", provocou o parlamentar.
G. Dias na CPI
Nesta quinta-feira (22), a CPI ouve o general Marco Edson Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República do governo Lula. O depoimento do general como testemunha na CPI seria no dia 15 de junho, mas, a pedido do próprio depoente, foi adiado.
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Gonçalves Dias era ministro-chefe do GSI no dia 8 de janeiro, quando manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. Ele pediu demissão do cargo após a divulgação de imagens em que aparece no Palácio do Planalto durante a invasão.
As imagens revelaram que Dias teria orientado a atuação das pessoas que invadiram e depredaram o Planalto. No vídeo, o ex-ministro foi visto, às 16h29, sozinho no Palácio, caminhando pelo local e tentando abrir algumas portas. Depois, ele entra no gabinete presidencial e, em seguida, volta pelo mesmo corredor e conversa com os invasores para que deixem o prédio.