Major foi preso em março no Riacho Fundo
Marcelo Camargo/Agência BrasilA Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal ouve nesta quinta-feira (19) o depoimento do major da Polícia Militar suspeito de ensinar práticas de guerrilha aos manifestantes do 8 de Janeiro. Claudio Mendes dos Santos é policial da reserva da PM e ex-membro do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
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O major chegou a passar vários dias no acampamento em frente ao quartel-general do Exército e fazia discursos a favor de uma intervenção militar no país. Dias antes da invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, o major convocou a população para as manifestações e pediu o auxílio de policiais na tarefa.
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Santos foi preso em março, durante a nona fase da Operação Lesa Pátria. Ele foi citado em depoimento de Alan Diego dos Santos, condenado por planejar um atentado a bomba no Aeroporto Internacional de Brasília na véspera do Natal. Segundo Alan Diego, ele nunca viu o major dando aulas de técnicas militares, mas todos o reconheciam como um “orientador”.
O depoimento do coronel da PM Reginaldo de Souza Leitão estava marcado para a próxima quinta-feira (26). Ele é suspeito de ter integrado um grupo de mensagens que trocava informações sobre o dia 8 de janeiro. No entanto, na última semana, o coronel apresentou um atestado médico, válido até o dia 30 deste mês, e não comparecerá à CPI. No lugar dele vai depor o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Saulo Moura da Cunha.