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R7 Brasília

CPI dos Atos Extremistas quer ouvir o ex-chefe do Comando Militar do Planalto

Segundo depoentes, o general Gustavo Dutra de Menezes impediu a PM de prender suspeitos dos atos e ameaçou autoridades

Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília


Segundo andar e mezanino do Palácio do Planalto no dia da invasão, em 8 de janeiro de 2023
Segundo andar e mezanino do Palácio do Planalto no dia da invasão, em 8 de janeiro de 2023

O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Extremistas, deputado José Hermeto (MDB), quer ouvir o ex-chefe do Comando Militar do Planalto, o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes. O pedido, que deve ser votado nesta quinta-feira (23), é um desdobramento do depoimento da última quinta (16).

Na última sessão do colegiado, na Câmara Legislativa do Distrito Federal, os parlamentares ouviram o coronel da Polícia Militar do DF, Jorge Eduardo Naime, que era o chefe do Departamento de Operações (DOP) da PM. O DOP articula e prepara tropas para eventos como as manifestações de 8 de janeiro, que resultaram na invasão das sedes dos Três Poderes. No dia dos protestos, porém, ele estava de folga.

Naime relatou as dificuldades da Polícia Militar com a inteligência da Secretaria de Segurança que, segundo ele, passava informes momentâneos, mas não forneceu à corporação nenhum relatório que permitisse que os militares se preparassem para os atos de vandalismo que viriam a ocorrer.

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Após os atos, conforme o depoente relatou, militares do Exército impediram a PM de prender os suspeitos de invadir e depredar o Supremo Tribunal Federal (STF), o Congresso e o Palácio do Planalto. Além de ataques proferidos pelo general Dutra, os militares do Exército chegaram a dispôr de blindados e uma linha de choque em ameaça à PM.


Proteção aos invasores

Segundo consta no requerimento , "foi citado [no colegiado] que houve colaboração do Exército em proteção aos invasores que depredaram os prédios públicos" em 8 de janeiro. "O argumento era de que o acampamento era uma área do Exército e a Polícia Militar não poderia atuar", afirma o documento.

"O Coronel Naime relatou também que presenciou o Interventor Ricardo Cappelli sendo impedido de entrar no local pelo general Dutra. Dessa forma, solicito o apoio dos nobres pares para a aprovação deste requerimento de convocação, a fim de que possamos analisar em profundidade todos os elementos que compõem o complexo arcabouço dos fatos que são objeto desta CPI", pediu o parlamentar.

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