CPI ouve nesta terça-feira o ministro da CGU, Wagner Rosário
CPI da Covid-19 vai pedir a ministro da CGU, Wagner Rosário, explicações sobre suposta omissão
Brasília|Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília
A CPI da Pandemia vai ouvir nesta terça-feira (21), o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário. O presidente da CPI, Omar Aziz (PSD/AM) quer mais explicações de Rosário sobre a suposta prevaricação da CGU diante de negociações irregulares no Ministério da Saúde. A presença de Wagner Rosário na CPI atende ao requerimento do senador Eduardo Girão (Podemos-CE), aprovado desde junho pela comissão. Originalmente, o ministro da CGU iria falar sobre supostos desvios de recursos enviados pela União para os estados e os municípios.
No entanto, Aziz pediu na quarta-feira passada (15) a inclusão do ministro Wagner do Rosário, no relatório final da comissão pela suposta prevaricação. O pedido veio depois que Marconny Nunes Ribeiro Albernaz de Faria, apontado pelos senadores como lobista da empresa Precisa Medicamentos, disse que a CGU participou ao lado da Polícia Federal de uma operação no Pará que teve ele como alvo, no ano passado. "Inclusive, na busca e apreensão, eles estiveram na minha casa", disse Albernaz.
Aziz imediatamente disparou: "Então, o Wagner Rosário é um prevaricador. Tem que vir mesmo aqui, porque como é que ele sabia que o Roberto Dias estava operando dentro do ministério e não tomou providência? O senhor Wagner Rosário tem que explicar não são as operações que ele fez, não, é a omissão dele em relação ao governo federal. Tem que vir, mas não tem que vir aqui pra jogar pra torcida, não. Ele vai jogar aqui no nosso campo", exclamou.
O ministro da CGU respondeu à acusação no mesmo dia pelo Twitter dizendo que estava “aguardando ansiosamente a convocação”.
No início da noite de segunda-feira (20), Aziz reforçou que vai cobrar do ministro explicações sobre a omissão da CGU em negociações irregulares.
Mais duas semanas
A CPI da Covid-19 deve ter o encerramento adiado. O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da comissão, confirmou ao R7 que apresentará seu relatório apenas após o último depoimento ser prestado à comissão, o que, segundo ele, deve ocorrer nas próximas duas semanas. A CPI tem prazo de funcionamente até 5 de novembro, mas a previsão é de que os trabalhos sejam encerrados antes do prazo limite.
Após a operação da Polícia Federal (PF), realizada a pedido da CPI nos escritórios da empresa Precisa Medicamentos na sexta-feira (17), a pressão para que os trabalhos fossem mantidos por mais algumas semanas se intensificou fazendo com que a comissão decidisse por novos encaminhamentos.