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CPI pode ter 'evento' de conclusão antes de entregar relatório

Objetivo seria prestar contas à sociedade, principalmente às famílias das vítimas, sobre os trabalhos dos senadores

Brasília|Sarah Teófilo, do R7, em Brasília

CPI da Covid-19 em oitiva do diretor do FIB BanK, Roberto Pereira Ramos Júnior
CPI da Covid-19 em oitiva do diretor do FIB BanK, Roberto Pereira Ramos Júnior

Se aproximando do fim dos trabalhos, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 pode ter uma espécie de "cerimônia de encerramento" antes da entrega do relatório final, conforme apurado pelo R7. A ideia é fazer um "evento" para realizar uma prestação de contas à sociedade, em especial às famílias de vítimas da doença, assim como às pessoas que carregam sequelas físicas da Covid-19.

A ideia é discutida dentro do grupo majoritário da comissão (o chamado G7, ou G6, com a saída do senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas). Ao todo, já são 577.565 mortos em razão da pandemia, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados na última quinta-feira (26), 

O relatório final está sendo elaborado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL). Depois de concluído, ele precisa ser discutido e aprovado. Entretanto, há um entendimento de que a discussão do relatório é muito regimental. Deve haver pedido de vistas, solicitação de exclusão de trechos e inclusão de outros. Por isso, avalia-se fazer esta prestação de contas longe das análises sobre o relatório. A questão ainda está sendo discutida e formatada.

A comissão teve início no dia 27 de abril, e só parou por um período de 15 dias, durante o recesso do Congresso Nacional. Ela poderia seguir até 5 de novembro, mas os senadores já decidiram encerrar antes. Além da CPI ter perdido força nas últimas semanas, se comparado com o primeiro semestre, avaliação dos senadores é de que eles já possuem muitos documentos, e que é preciso fechar o que já se tem.


Relatório

A ideia é que o relatório traga o cenário de como foi o combate à pandemia da Covid-19 no país, com as ações e omissões do governo federal, e informações relevantes que foram levantadas ao longo dos trabalhos. O documento abordará, por exemplo, o chamado "gabinete paralelo" no governo federal, composto por pessoas sem cargo no Executivo e que assessorariam o presidente com informações negacionistas no âmbito da pandemia.


O documento também deve mostrar quem lucrou com a venda de medicamentos sem eficácia comprovada contra Covid-19, como cloroquina e ivermectina, e, principalmente, negociações suspeitas envolvendo compras de vacinas. Um dos casos é o da Precisa Medicamentos, que chegou a fechar um contrato com o Ministério da Saúde para venda de 20 milhões de doses da Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech.

Além disso, o relatório trará sugestões de mudança na legislação para que o País esteja mais preparado em caso de um outro cenário pandêmico.

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