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CPIs sobre apostas e jogos online avançam com investigações em 2025

Instalada em novembro, CPI das Bets tem como foco investigar crimes relacionados ao mercado de apostas online

Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

CPIs sobre apostas e jogos online avançam com investigações em 2025
CPIs sobre apostas e jogos online Saulo Cruz/Agência Senado - Arquivo

O crescimento dos jogos e das apostas online foi um dos temas mais debatidos no Brasil em 2024, não apenas pelo impacto econômico, mas também pelas consequências sociais e legais. Esse cenário motivou o Senado a criar CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) para investigar irregularidades no setor. Duas CPIs específicas foram instaladas em 2024: a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas e a CPI das Bets, ambas programadas para continuar os trabalhos em 2025.

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Instalada em novembro, a CPI das Bets tem como foco investigar crimes relacionados ao mercado de apostas online, como lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O colegiado tem a presidência do senador Dr. Hiran (PP-RR) e a relatoria da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS).

Em sua última reunião do ano, a CPI recebeu Gesilea Fonseca Teles, superintendente de Fiscalização da Anatel, que defendeu a ampliação dos poderes da agência para bloquear plataformas ilegais. Durante a sessão, Soraya destacou que, mesmo durante o recesso parlamentar, a equipe da CPI continuará trabalhando, reforçando seu compromisso de levar as investigações adiante em 2025.

“Independentemente de qualquer investida contra a CPI ou seus membros, nós vamos até o fim”, afirmou a senadora, relatando que tem enfrentado ameaças e ataques pessoais devido à sua atuação.


A CPI planeja para este ano convocar influenciadores digitais que promovem apostas em suas redes sociais, além de avançar na regulamentação do setor. Soraya é autora de um projeto que proíbe beneficiários de programas sociais de realizarem apostas de quota fixa (PL 3.757/2024) e pretende apresentar uma nova proposta legislativa diretamente relacionada às descobertas da comissão.

“Já recebemos uma minuta de projeto de lei e vamos solicitar uma tramitação especial para minimizar os danos causados por essas atividades”, declarou.


Dr. Hiran destacou a importância nacional do tema e defendeu uma abordagem equilibrada que proteja os consumidores sem prejudicar a imagem de envolvidos até que as investigações sejam concluídas. A comissão também vai abordar questões como saúde mental e segurança para crianças e adolescentes, considerando os impactos sociais das apostas online.

CPI da manipulação de jogos e apostas esportivas

Criada em abril, a CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas tem como objetivo investigar irregularidades no futebol brasileiro, incluindo manipulação de resultados. Presidida pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO) e com relatoria de Romário (PL-RJ), a comissão já ouviu empresários, dirigentes, juízes e outros profissionais ligados ao esporte.


Em uma das reuniões mais polêmicas, o empresário John Textor, sócio majoritário do Botafogo, apresentou à CPI um dossiê com denúncias de manipulação de resultados no futebol brasileiro. O documento levantou suspeitas sobre a influência de organizações criminosas no esporte.

Para 2025, Kajuru anunciou que a CPI ouvirá figuras-chave envolvidas em fraudes, como o empresário Thiago Chambó, que não compareceu à CPI após ser convocado, e William Rogatto, preso em Dubai pela Interpol por suspeita de manipulação de resultados. Rogatto prometeu entregar um computador com informações comprometedoras sobre grandes figuras do setor.

Além disso, a comissão vai convocar os jogadores Lucas Paquetá (West Ham, da Inglaterra) e Luiz Henrique (Botafogo), suspeitos de envolvimento em esquemas de manipulação. Paquetá teria recebido cartões amarelos de forma suspeita, enquanto Luiz Henrique foi apontado como beneficiário de transferências financeiras vinculadas a apostas.

Kajuru prevê reuniões intensas em fevereiro, com a apresentação do relatório final pelo senador Romário, que promete uma abordagem rigorosa e conclusiva.

*Com informações da Agência Senado

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