CPMI do INSS: ‘Careca’ e advogado que expôs esquema ficarão frente a frente
Além de aprovar acareação, comissão pediu a prisão preventiva de quatro pessoas e solicitou à CGU dados sobre crédito consignado
Brasília|Mariana Saraiva, do R7, em Brasília
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A CPMI do INSS (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS) intensificou as investigações sobre a fraude bilionária em aposentadorias ao aprovar, nesta quinta-feira (6), a acareação entre o advogado Eli Cohen, que expôs o esquema, e o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, apontado como um dos líderes da articulação criminosa.
A acareação é um procedimento que coloca duas testemunhas com depoimentos contraditórios frente a frente para que os investigadores busquem esclarecer a verdade.
A fraude investigada consiste na falsificação de autorizações de idosos para que associações e sindicatos pudessem descontar mensalidades automaticamente dos benefícios previdenciários. A Polícia Federal estima que o esquema, que envolveu acordos irregulares com o INSS, tenha desviado R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
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Como parte do endurecimento das ações, a CPMI solicitou a prisão preventiva de quatro pessoas, incluindo Rubens Oliveira Costa — acusado de ocultação de documentos e atuação em empresas do “Careca do INSS” — e Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da entidade Amar Brasil Clube de Benefícios.
Além disso, a comissão ampliou a frente de trabalho, solicitando dados da CGU sobre o sistema de crédito consignado e requisitando ao Coaf mais de uma centena de relatórios financeiros sigilosos para traçar o caminho do dinheiro desviado e identificar a responsabilidade de outros envolvidos, como bancos e entidades.
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